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Agricultores da Estrada Transacreana batem recorde com a safra de milho

Os agricultores do Projeto de Assento Figueira, localizado no quilômetro 72, na Estrada Transacreana, estão colhendo entre 100 a 120 sacas de milho por hectares. A colheita, toda mecanizada, é recorde no Estado. O aumento da produção na região levou o governador Tião Viana a prometer, ainda para este ano, a construção de um silo para estocagem da produção.

O programa Agricultura Mecanizada, em regime de produção familiar, é uma iniciativa da Prefeitura de Rio Branco, através da Secretária Agricultura e Extrativismo (Safra). Um dos aspectos mais importante é a autonomia das comunidades, reunidas em associações. Levantamentos feitos pela equipe técnica da Safra apontaram a aragem, a destoca e a gradagem como elementos essenciais para o incremento e fortalecimento da agricultura familiar nas comunidades.

No ramal Beija-flor, por exemplo, os produtores dispõem de um trator, uma carreta, uma grade aradora, uma adubadeira, uma plantadeira (quatro linhas) e uma colheitadera (uma linha). Depois de equipes executarem o trabalho de destoca e gradagem, em áreas degradadas, chegou momento da colheita, cuja venda já está garantida. “A empresa Estação Rural já comprou tudo”, disse o agricultor José Mendes de Araújo, que não esconde a satisfação de ter apostado na produção rural. O sítio dele tem 77 hectares. Quase 20 são ocupadas com milho.

O uso de maquinários combate uma prática bastante comum entre os pequenos produtores rurais, que é a queima das áreas para o plantio. Outro objetivo da mecanização agrícola é elevar de forma sustentável a produção de alimentos, buscando a segurança alimentar e a produção de excedentes para a comercialização, ao mesmo tempo em que reduz o desmatamento e o uso do fogo nas áreas rurais do município de Rio Branco.

A região cortada pela Estrada Transacreana é o maior polo agrícola de Rio Branco, com inúmeros projetos de assentamentos. Apesar da euforia com boa safra, as más condições dos ramais e preço dos adubos ainda são gargalos para os produtores. “O poder público precisa subsidiar insumos”, observou o secretário municipal de Agricultura, Mário Jorge Fadel, acredita ser possível criar uma classe média rural com cidadania e qualidade de vida.

Equipamentos – O investimento na aquisição de máquinas e implementos agrícolas tem sido uma das prioridades da Secretaria de Agricultura desde 2005. A ação tem o objetivo de desenvolver, no cinturão verde de Rio Branco, novas tecnologias adequadas à produção familiar. “Quando a gente começou o pessoal prometia aumentar a produtividade e reduzir os danos ambientais, causados principalmente pela queima de roçados no período de estiagem”, disse um dos membros da Associação Beija-flor, José Silva Cunha. 

Os equipamentos da associa-ção foram adquiridos com apoio dos governos do Estado e Federal e Banco da Amazônia (Basa). A implantação da mecanização agrícola também estimula a criação de peixes aves. A diversificação da produção aumenta oferta de alimentos e agregação de valor à produção.

Os investimentos benefi-ciam, principalmente, as famílias que sobrevivem da agricultura familiar e os pequenos produtores. Eles precisam estar associados para pleitearem os financiamentos e empréstimos na aquisição dos equipamentos.

 

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