A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recebeu nesta semana toda a documentação técnica das reformas realizadas no aeroporto de Rio Branco (Plácido de Castro). A partir de agora, a Anac deve fazer uma avaliação geral deste parecer das obras para decidir se é seguro – ou não – conceder a liberação temporária de 100% da pista local durante o restante de fevereiro, março e abril. O laudo técnico solicitando a liberação é resultado da reunião do Governo do Acre com representantes da Infraero e do Exército, na semana passada.
O pedido de abrir a pista inteira até abril visa reduzir os impactos causados pela reforma iniciada no 2º semestre do ano passado. Na época, o aeroporto local teve 600 m2 da sua pista interditado, portanto, teve de restringir o tamanho máximo de aeronaves recebidas, diminuindo a capacidade de passageiros e cargas (a TAM deixou de atuar com o Airbus A320 pelo A319, passando a transportar só 144 passageiros ao invés de 174. Já a Gol trocou o 737-800 pelo 737-700, podendo levar só 108 passageiros ao invés de 135).
Até hoje, a restrição da pista segue causando prejuízos aos acreanos. Em especial, nesta época do ano, quando a demanda por passagens é alta, mas as empresas aéreas ficam lotadas logo já que têm poucas vagas disponíveis. No carnaval, então, a situação deve se agravar mais ainda.
Ao todo, a recuperação da pista será feita nas 2 cabeceiras e no pátio central. Uma das pontas está quase pronta. As outras 2 partes só poderão ter a sua reestruturação asfáltica iniciada, de fato, a partir de maio. Como até maio as obras não podem avançar por causa das constantes chuvas locais, a intenção do governo e da Infraero é que toda a pista seja liberada até lá, com a devida segurança, para evitar maiores transtornos à população.
De acordo com a ascom da Superintendência Regional do Noroeste (SRNR) da Infraero, a Anac deve emitir uma resposta para o parecer técnico sobre a liberação temporária de toda a pista do aeroporto de Rio Branco até o fim desta semana. Caso dê um aval positivo, a Anac deve citar a partir de quando a pista poderá voltar a ter 100% de operacionalidade.