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AUMENTO NA TARIFA: Em protesto manifestantes fecham Terminal

Manifestação organizada pelo Sindicato dos Urbanitários, Associação dos Professores Licenciados, Central das Trabalhadoras e Trabalhadores Brasileiros (CTB) e Associação dos Usuários de Transportes Públicos de Rio Branco fechou a saí-da do Terminal Urbano na manhã de ontem (14) no momento de maior fluxo de usuários. Durante quase uma hora, nenhum ônibus circulou no local e passageiros aderiram ao movimento descendo dos ônibus para protestar contra o aumento de 25% da passagem na Capital que a partir do último domingo passou a valer R$ 2,40. A polícia foi chamada para conter o manifesto, que tinha cunho pacífico e contou com a adesão até de motoristas de ônibus.
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Os usuários de transporte coletivo reclamam não só do valor da nova tarifa, mas principalmente da qualidade do serviço oferecido e novamente da falta de troco de 10 centavos. “Se tivesse aumentado a passagem e o serviço tivesse melhorado, tudo bem. O problema é que continua tudo igual. A gente esperando muito tempo nas paradas, andando em ônibus lotado e exposto a esses motoristas despreparados que correm além do normal colocando nossa vida em risco só pra cumprir horário. Rbtrans têm que fiscalizar isso”, reclama o autônomo Carlos Alberto Rodrigues que usa entre 4 e 6 ônibus todos os dias. Ele observa que os carros anunciados como novos têm a pintura raspada e diz que a linha Calafate, alguns têm de 3 a 4 anos de uso. “A maioria desses ônibus veio de São Paulo e eles tentam enganar a gente”, diz.

Os sindicalistas denunciaram durante o ato, a circulação de ônibus com mais de 10 anos de uso como os da linha 178 (Vanderley Dantas) e 199 (Taquari) que fere a Lei Orgânica do município. O ex-presidente do Sindicato dos Urbanitários e agora vereador, Marcelo Jucá, disse que irá apresentar nesta terça-feira uma defesa da tarifa de R$ 1 nos fins de semana, lei aprovada na semana passada pelos vereadores de Rio Branco e criticada pelo prefeito Raimundo Angelim. “A administração municipal deve conhecer melhor as planilhas, fazer um estudo de pelo menos um mês para dizer se é contra ou não. Não acredito que os empresários terão prejuízo com isto. Se forem feitas campanhas tenho certeza que a população irá usar muito mais este tipo de transporte nos fins de semana”, diz.

O presidente da Associação dos Usuários de Transportes Públicos, Hedislandes Gadelha, informou que a promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Acre já enviou ao município um requerimento solicitando a planilha sobre a qual se baseia o reajuste da tarifa. A ação do MPE foi uma resposta à representação apresentada ainda na semana passada pela asso-ciação. “Proporcionalmente o valor da passagem em Rio Branco é uma das mais caras do país. Não podemos permitir esse abuso”, afirma James Gomes, do Sindicato dos Urbanitários.

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