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Comissão do Legislativo e Defensoria Pública vai apurar situação de haitianos na fronteira

Uma comissão mista entre o Poder Legislativo Estadual e Defensoria Pública, vai apurar a situação degradante dos refugiados haitianos na fronteira brasileira. A informação foi repassada na manhã de ontem, 24, pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Aleac, deputado Walter Prado (PDT), que em parceria com o defensor público Waldir Perazzo, se deslocará até os municípios de Brasiléia e Assis Brasil, na próxima semana, para verificar as denúncias de detenção e maus- tratos dos refugiados, e protocolar um relatório que será encaminhado a Câmara Federal, Senado e OAB.

Representantes do Comitê de Apoio aos Refugiados, OAB e Ufac, serão convidados a integrar a comissão. Segundo Walter Prado, violações de direitos humanos, está sendo cometido contra os haitianos, levando o parlamentar acreditar que os refugiados são vítimas de racismo, ao tentarem entra no país. “Não vejo a razão para tanta degradação. Se fossem americanos louros de olhos azuis, eles seriam barrado e mal- tratados da mesma forma na fronteira? É puro racismo impedir a entrada de haitianos no Brasil”, diz o deputado.

De acordo com Prado, a chegada dos haitianos sur-preendeu o governo brasileiro, mas não é motivo para que se crie um território parecido com a fronteira americana, onde as pessoas são torturas e expulsas na base da força.

“Não estamos tratando com criminosos. Os refugiados são trabalhadores, como pedreiros, mestres de obras, carpinteiros, estudantes, professores universitários e até advogados, que precisam apenas tirar carteira de trabalho e CPF, para tentar arrumar um trabalho. Não vamos agir com a mesma truculência dos americanos, que prendem, torturam e expulsam os cidadãos estrangeiros, em sua fronteira”, destaca Walter Prado.

Na próxima quinta-feira, 3, os membros da Comissão de Direitos Humanos da Aleac e Defensoria Pública do Acre, realizam audiência pública em Brasiléia, com a participação de instituições ligadas aos direitos humanos e os refugiados que conseguiram se legalizar em território brasileiro. (Assessoria)

 

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