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Cooperativas industriais renovam parceria com Governo do Estado

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Representantes das três cooperativas industriais do Acre se reuniram na manhã desta quinta-feira (10), com o secretário de Ciência, Desenvolvimento, Tecnologia, Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, para discutir os critérios de renovação da parceria que viabilizou nos últimos anos o crescimento e a consolidação do setor no Estado. Hoje, juntas, a Cooperacre, Coopel e Cooperfloresta agregam milhares de famílias de produtores gerando trabalho e renda e exigindo dos governos, estadual e federal, mais investimentos em infraestrutura, capacitações, difusão de tecnologia, fomento ao crédito.

Um bom exemplo é a Cooperativa dos Agricultores e Pecuaristas da Regional do Baixo Acre (Coopel) que assumiu há dez anos a antiga Companhia de Laticínios do Acre (Cila) e mais duas empresas em regime de falência, hoje busca mais apoio para crescer. Em 2010, o faturamento anual da empresa Sociedade Industrial de Laticínios do Acre, administrada pela Coopel que tem como carro-chefe o leite tipo C da marca Quinari, girou em torno de R$ 3 milhões. O presidente da cooperativa, Ezequiel Oliveira, atribui esta nova etapa do laticínio às parcerias com o Governo do Estado que viabilizaram a compra de equipamentos e máquinas capazes de aumentar a produção para 22 mil litros diários.

A Coopel tem cadastradas 350 famílias em sete municípios do Estado e, segundo levantamento feito pela empresa, outras 150 estão preparadas para fornecer leite in natura para beneficiamento e industrialização de produtos derivados. “Todos os dias recebemos pedidos para adesão à cooperativa ou fornecimento de leite, mas não temos capacidade para receber esses produtores ainda. O que esperamos é que o incentivo do governo nos proporcione atender mais famílias no Acre”, diz Ezequiel.

Experiências bem sucedidas como esta são, para o secretário Edvaldo Magalhães, estímulo para que outras iniciativas semelhantes possam ser criadas no Estado aquecendo a economia. Dar suporte para que a atividade rural e florestal seja alternativa de geração de emprego e renda no Estado é o que pretende o governo com a distribuição de tecnologia, fomento ao crédito, melhoramento de vias de escoamento da produção, principal reivindicação dos produtores rurais. “Fortalecer a base desta economia dando todo o apoio necessário é o que o governo quer”, afirma Edvaldo ressaltando que será preciso um enorme esforço para que os pequenos produtores e empreendimentos não sejam excluídos ficando de fora deste processo.

Com faturamento médio anual de R$ 26 milhões, R$ 20 milhões só com a exportação de castanha-do-brasil beneficiadas em 4 indústrias no Estado, duas em Rio Branco, uma no município de Brasiléia e outra em Xapuri a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) tem vinte cooperados, 10 associações parcerias totalizando 1,8 mil famílias que fornecem produtos florestais não madeireiros como óleos e extratos, além de borracha. A Cooperacre “Estamos trazendo as famílias, as comunidades porque descobrimos que coletivamente é possível crescer. Estamos buscando entendimento para inserir mais famílias”, diz Manoel Monteiro, da Cooperacre.


Atualmente com 8 mil associados distribuídos em 78 cooperativas de 13 atividades econômicas, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) está em fase de ampliação das atividades que começou com trabalho de formação do conceito de cooperativismo há cerca de 10 anos no Estado.

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