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Corte em subsídio pode deixar energia mais cara

O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá, teme que as tarifas nas contas de energia sofram novos reajustes a partir de julho deste ano. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu pelo gradativo corte do subsídio chamado Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). Ele é destinado aos locais que ainda geram energia utilizando usinas termoelétricas. 

“Grande parte dos municípios acreanos são dependentes das termoelétricas e do conseqüente subsídio”, explica o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá, lembrando que as atuais tarifas são uma das mais caras do país. Ele informou que o Imposto sobre Circulação de Mercadoria (ICMS), que chega a 33% no Estado, eleva ainda mais o preço. Em Rondônia o percentual é de apenas 17%. 

Outra preocupação levantada pelo sindicalista é o projeto da extensão do novo ‘Linhão’, que, segundo Jucá, terminaria em sua extensão no município de Manoel Urbano. “E como vai ficar o restante do Estado? E segunda maior cidade (Cruzeiro do Sul)?”, pergunta.

Jucá propõe também que o ‘novo linhão’ parta do estado do Mato Grosso, uma vez que, segundo ele, a redistribuição em Rondônia comprometeria a quantidade energética para o Acre. “Desde a construção do primeiro linhão – que interligou o Acre ao sistema nacional – que a gente já cobrava a construção do segundo”, lembrou Marcelo Juca, referindo-se aos problemas ocasionados pelos ‘apagões nacionais’.

Quanto às constantes interrupções e quedas de energia, o sindicalista atribui à terceirização dos serviços e à falta de novas subestações de distribuição. “Houve uma precarização dos serviços, com redução de mão-de-obra qualificada. A Eletroacre tinha quase 900 funcionários e hoje não passa de 270”, destacou o sindicalista, defendendo que a distribuição seja feita por uma empresa pública. 

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