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Eletrobras assina acordo financeiro com Banco Mundial

Na presença do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz e o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Makhtar Diop, assinaram acordo financeiro para a execução do “Programa Energia +” no valor de R$ 866,2 milhões. O objetivo é reduzir as perdas elétricas, aumentar as taxas de arrecadação e melhorar a qualidade dos serviços prestados à população pelas seis distribuidoras da Eletrobras, localizadas nos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima.

Para o presidente do Banco Mundial, Makhtar Diop, o acordo vem “fortalecer a governança e eficiência da Eletrobras”. Ele aproveitou a oportunidade para elogiar a hidroeletricidade brasileira que, para ele, é “única no mundo”.

José Antonio Muniz, presidente da Eletrobras, agradeceu o empenho de todos na condução do acordo entre a estatal e o banco. Muniz destacou que para o setor elétrico brasileiro o dia de hoje é excepcional. “Hoje se inicia uma nova história para essas empresas, que com a parceria do Banco Mundial, poderão melhorar os investimentos dos serviços oferecidos à população”, disse. 

O programa prevê um conjunto de ações planejadas, tais como redução da freqüência e da duração das interrupções de energia elétrica, ampliação do investimento na expansão e melhoria dos sistemas de distribuição, fortalecimento institucional e capacitação técnica. 

Com os recursos também serão executados programas de desempenho gerencial, aplicação das melhores práticas de gestão ambiental, realização de monitoramento e avaliação de desempenho fundamentado em sistemas de informação, execução de programas de ação so-cial e comunicação estratégica. Tudo para tornar o setor elétrico mais dinâmico, eficaz e superar os efeitos de um longo período sem investimentos nas redes de distribuição, bem como a falta de flexibilidade operacio-nal inerente à sua concepção ultrapassada. 

Para reduzir as perdas elétricas, por exemplo, serão substituídos equipamentos obsoletos por mais modernos, que possam aumentar a flexibilidade operacional e melhorar a qualidade no fornecimento de energia. A infra-estrutura será renovada para entrar em operação uma medição avançada, de maior precisão, o que minimizará os riscos de desvios. Inclui ainda a instalação de redes blindadas e caixas de medição capazes de identificar qualquer anormalidade no consumo do cliente, de maneira rápida e eficiente. 

Os recursos também serão destinados à construção de linhas de transmissão e subestações em 69KV e implantação de softwares ideais para atualizar dados dos clientes e mapear as redes de distribuição. A fim de conseguir um melhor desempenho comercial, as seis empresas de distribuição irão implantar um Sistema Integrado de Gestão Comercial que permita boa execução e acompanhamento das atividades como medição do ciclo comercial, faturamento e balanço de receitas, detecção e regularização de fraudes, corte e religação de clientes em dívida ou relacionados com fraudes, atendimento nas agências comerciais, reclamações relacionadas à má qualidade do fornecimento de energia elétrica e as questões comerciais, por meio de um call center. 

O planejamento e implantação dos processos comerciais serão impulsionados pelo conceito de que cada kWh fornecido deverá ser medido, faturado e cobrado. Isso permitirá uma rápida diminuição das dívidas e detecção e eliminação de perdas. Este processo, juntamente com as ações supracitadas, deverá considerar as características específicas do mercado atendido em cada distribuidora. 

Do montante dos investimentos, o Acre ficará com R$ 112, 4 milhões, Alagoas com R$ 266, 2 milhões, Amazonas com R$ 318,7 milhões, Piauí com R$ 279,6 milhões, Rondônia com R$ 206,2 milhões e Roraima com R$ 58,2 milhões. Os benefícios trazidos pelo Projeto são inúmeros, passando pelo ganho de energia, resultado da redução das perdas técnicas e não técnicas, até o aumento das receitas públicas estaduais e municipais e crescimento econômico e bem- estar da população.  

Todas as ações previstas no Projeto serão iniciadas ainda em 2011 e servirão para colocar as distribuidoras do Sistema Eletrobras em um mesmo patamar de indicadores positivos, qualidade no fornecimento de energia e eficiência operacional, além de trazer rentabilidade e melhorias nos resultados econômicos financeiros. (Assessoria)

 

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