A negociação dos servidores municipais com a Prefeitura de Rio Branco continua sem avanços, pelo menos até a próxima terça-feira quando a comissão composta por secretários e assessores do município deverá responder à proposta do movimento de dividir o valor destinado ao reajuste dos servidores, de R$ 9,7 milhões, entre os mais de 5 mil trabalhadores.
O valor do aumento para cada um seria de R$ 147. Na manhã de ontem, durante assembléia, os servidores decidiram se encaminhar à prefeitura do bairro Bosque onde está o gabinete do prefeito Raimundo Angelim. Mesmo pacífico, o movimento experimentou um confronto com a equipe de policiais que resguardava a porta do prédio e um sindicalista foi agredido fisicamente.
Funcionário da Secretaria Municipal de Educação há dez anos, Juca Dantas diz que se aproximou da porta da prefeitura e foi contido por um policial de forma truculenta. “Estamos fazendo uma ação garantida por direito legal, não precisava colocar a polícia agindo desta forma”, defende. A presidente da CUT/AC, Rosana Nascimento, diz que o episódio foi um fato isolado e que os sindicalistas defendem um movimento pacífico e que todos foram orientados a evitar confrontos com os policiais. Um grupo de 6 pessoas foi autorizado a entrar no prédio para conversar com a equipe de negociação. O prefeito Raimundo Angelim não estava no local.
Há uma semana, os sindicatos que representam as categorias profissionais do quadro do município tentam chegar a um acordo sobre reajuste salarial e outros benefícios trabalhistas. Alguns itens da pauta de negociação avançam, mas a questão financeira ainda está pendente. Parte dos trabalhadores da Saúde, como enfermeiros, e outros de órgãos como o Saerb estão em greve até que a negociação esteja finalizada. Os servidores pediram 12% de reajuste. A equipe de negociação da prefeitura ofereceu 5,91% inicialmente aumentando o índice em seguida para 7,02%, índice também recusado pelos servidores. Agora os sindicatos defendem a proposta de abono de forma igualitária para todos os trabalhadores. Hoje, os servidores fazem nova manifestação em frente à prefeitura do Bosque.