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Empresas esperam resposta da prefeitura para aumentar a tarifa de ônibus

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Sindcol) ainda não recebeu posicionamento da Prefeitura de Rio Branco sobre o pedido do aumento da tarifa de ônibus. As planilhas de custos do serviço foram enviadas ao poder municipal em novembro de 2010, e constam o índice de inflação dos últimos 3 anos e meio. Neste período, foi concedido o aumento mais recente. O relatório também continha outros itens que subsidiam o reajuste, como os insumos relativos à manutenção da atividade.
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O presidente do sindicato das empresas, Sérgio Pessoa, não informa qual o valor pretendido para a nova tarifa (hoje R$ 1,90), mas afirma que o preço divulgado pela mídia, de R$ 2,40, ainda está abaixo dos custos reais da passagem. “Até agora não há nada oficial. Fiquei sabendo pela imprensa que o prefeito disse que o aumento dependeria da renovação da frota. Isso está sendo feito. Estamos aguardando”, disse.

Como cumprimento do acordo de concessão, as empresas de transporte coletivo deveriam melhorar a qualidade do serviço oferecido sob pena de ter o contrato cancelado.

A Prefeitura de Rio Branco tomou decisão inédita de romper o contrato com a empresa São Roque, por considerar que esta não cumpriu os itens do acordo. As outras três empresas que prestam o serviço dividem as linhas de responsabilidade da São Roque até que a prefeitura abra novo processo licitatório. Hoje, 152 carros circulam em 34 linhas na Capital. Há 1 semana, as empresas inseriram 67 ônibus novos na frota, além de investirem no aumento de carros adaptados para cadeirantes e na bilhetagem eletrônica. Os cartões eletrônicos são usados por 60% dos usuários. A meta é chegar a 80% até o final deste ano. 

Cheque em branco – Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Manoel Lima, os investimentos não são suficientes para que as empresas peçam aumento da tarifa. Segundo ele, os investimentos são frutos do acordo passado e deve-riam mesmo ser cumpridos. O Sinteac representa a presidência do Conselho Tarifário, que reúne ainda a União Municipal das Associações de Moradores de Rio Branco (Umarb), Diretório Central dos Estudantes (DCE), Federação do Comércio, Federação das Indústrias, Famacre, o Sinttpac, o Sindicato dos Taxistas e o Sindcol. “Não sou a favor de qualquer tipo de aumento.

As empresas têm que oferecer melhores resultados para requerer aumento de passagens. Os compromissos feitos com a população não foram cumpridos. É como se a gente assinasse um cheque em branco”, defende Lima. O conselho tarifário é apenas consultivo, ficando a decisão sobre o aumento ao prefeito de Rio Branco.

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