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Família espera mais de 15h pela liberação de corpo de trabalhador

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O corpo do classificador Manoel de Jesus Moura, 40 anos, morto a tiros na tarde da última terça (1º), no bairro Chico Mendes, deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) 2 horas após o crime. Só que até a manhã desta quarta-feira ainda não havia sido liberado. Sete dos 12 irmãos da vítima e a esposa de Manoel esperaram 17 horas até a liberação do corpo para velório e sepultamento, o que só aconteceu por volta de 11 horas. O fato causou mais dor ainda à família, já que servidores do IML informaram que não havia médico legista.

“A gente passando por um momento desses e ainda é mal recebido. Meus filhos estão em casa esperando, arrasados, porque não vão ter tempo de velar o pai”, lamentou a esposa da vítima, Katiuscy Moura.

A direção da Polícia Civil nega que a demora no procedimento estivesse relacionada à falta deste profissional. E reconhece que houve falha na comunicação entre os servidores e a família. A justificativa para a demora, segundo a PC, é que para emitir a autópsia foi preciso realizar mais de um exame de raio-X, devido à localização de um dos projéteis que precisavam ser retirados. “Houve falha na hora de informar sobre os motivos da demora para a família. Mas temos de realizar todo o processo para garantir a veracidade dos laudos”, explicou Pedro Paulo Birimba, da assessoria de imprensa da polícia.

Manoel recebeu cinco tiros e foi morto na varanda de casa, por um vizinho menor de idade que já havia anunciado que se vingaria de alguém da família. “Um irmão nosso feriu o irmão dele com faca e ele disse que ia se vingar de nós”, conta Alzenir, irmã de Manoel, dizendo que filho de 1 ano e 7 meses estava no colo da vítima na hora do crime.

Ele soltou a criança e tentou correr, mas estava com a perna cheia de pinos devido a um acidente de moto há dez dias e se recuperava do acidente. Ele tinha sete filhos e estava de férias. O rapaz que atirou em Manoel ainda não havia sido encontrado até a tarde de ontem (2).

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