Uma assembléia geral nesta quarta-feira (16), na quadra do CEBRB, a partir das 8h30, vai decidir o que já é tido como certo entre os professores da rede municipal rio-branquense: uma greve geral. Tudo depende do prefeito Raimundo Angelim, que rejeitou a maior parte das reivindicações da categoria, apresentadas pelo Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac) ainda em dezembro.
A principal reivindicação era o reajuste salarial de 12%, metade relativa à corrosão da inflação e metade composta por aumento real. As negociações com os representantes da prefeitura não andou, a categoria se irritou e agora há o risco do ano letivo não começar. De acordo com o Sinplac, se o município não der alguma boa notícia nas próximas 48 horas, a greve começa na própria quarta-feira.
– Fizemos tudo como manda o figurino. Nos reunimos com os representantes do prefeito, apresentamos a pauta de reivindicações e mostramos com números o impacto do atraso salarial no orçamento desses trabalhadores, que têm famílias para sustentar e não podem ter o poder de compra tão corroído como está hoje. O prefeito apresentou uma proposta estranha de reajuste de 5,91% que foi rejeitada numa primeira assembléia, mas vamos fazer esta segunda assembléia para deliberarmos com mais prazo. – explica Edileudo Rocha, secretário da diretoria do Sinplac.
Alguns pequenos avanços também foram obtidos na negociação com o município. São eles:
– Gratificação para coordenadores pedagógicos e coordenadores do departamento de ensino. A prefeitura aceitou discutir a idéia, mas só durante a elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), que, de acordo com os negociadores, vai começar nesse mês.
– Concurso público para quadro efetivo de professores e coordenadores pedagógicos. Sai ainda nesse ano, segundo a prefeitura. Com início das atividades em 2012.
– Formação continuada em nível de pós-graduação e mestrado. A resposta dos negociadores municipais foi um “vamos estudar a proposta”.