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Rio Juruá se aproxima da cota de transbordamento

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Neste domingo, 27, o rio Juruá subiu 25 centímetros. Hoje ele atingiu a cota de 12,50 m, 10 centímetros a menos que a cota de transbordamento que é de 13 m. Para se ter uma ideia, em relação a anos anteriores, em 2010 o rio atingiu a marca de 13,20m e em 2005, quando ocorreu uma grande alagação, o rio chegou a 13,98 m. O pelotão do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) de Cruzeiro do Sul está fazendo monitoramento constante e já estabeleceu uma estrutura de atendimento caso seja necessário. Dela participam o Deracre que colocou viaturas à disposição em caso de necessidade de remoção de famílias em áreas de risco.

A Fundação Elias Mansur disponibilizou o espaço do ginásio de esportes para abrigar possíveis atingidos pela enchente, e o local já foi vistoriado pelo CBM. Também fazem parte da estrutura de atendimento a Defesa Civil Municipal e a Vigilância Sanitária.


No entanto, o capitão BM James Cley, respondendo interinamente pelo Corpo de Bombeiros, acredita que, pela experiência de anos anteriores, a alagação não causará muitos problemas e não deverá atingir a cota de anos anteriores, até porque as notícias que se tem é que o rio já está baixando em Thaumaturgo e Porto Walter, municípios situados no Alto Juruá. O capitão lembra que o lado positivo das alagações é o fato de favorecerem a piscosidade nos lagos, pois quando os rios ultrapassam cota de transbordamento os lagos ficam cheios e repovoados.

Cuidados
Segundo James Clei a preocupação é maior com as residências no bairro da Lagoa, onde a correnteza é forte e por onde descem os balseiros. Ele conta que em 2009, durante as vistorias, foi identificada uma residência em área de risco perto do leito do rio. No local foi feita a remoção dos moradores e às quatro horas da tarde a casa foi derrubada pelos balseiros.


No domingo o Corpo de Bombeiros vistoriou o bairro da Lagoa e as casas situadas próximas ao Igarapé São Salvador.  “Por ora está tudo tranquilo, mas pedimos aos moradores que se conscientizem e se tornem nossos aliados, visando à segurança de todos”. O capitão chamou a atenção ainda de pilotos de barcos e voadeiras que por essa época navegam nas ruas alagadas no bairro da Lagoa para conduzirem suas embarcações com muito cuidado, pois ainda há crianças que costumam tomar banho no rio, próximas às suas casas alagadas. Ele ainda recomenda às mães muito cuidado com as crianças para que não venham a cair dentro da água nesse período de cheia. (Agência Acre)

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