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Saúde investiga duas mortes por causas hemorrágicas

Técnicos das secretarias de Saúde do Estado e município estão investigando duas mortes por causas hemorrágicas, ocorridas neste ano. De acordo com o médico e secretário municipal de Saúde, Oswaldo Leal, figuram como suspeitas doenças como meningite, leptospirose, febre hemorrágica e dengue, dentre outras.
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De acordo com informações de técnicos em Saúde, foram colhidos sangue, vísceras e líquor das vítimas para que testes de outras enfermidades sejam feitos. No ano passado, o Acre registrou sete mortes por dengue hemorrágica. O secretário não quis relevar os nomes das vítimas.

“Nestes primeiros 28 dias úteis, as equipes concluíram os primeiros ciclos de atividades com os agentes de endemias em Rio Branco. Foram visitados 123.000 domicílios, sendo eliminados 330.000 focos de criadores. fizemos 40.000 tratamentos de caixas d´águas e visitamos 98% dos estabelecimentos comerciais”, informou Leal, para quem acredita que essas ações reduziram as mortes por causa hemorrágicas.

Segundo especialistas, a dengue hemorrágica se assemelha à dengue clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença, surgem hemorragias por causa do sangramento na pele dos órgãos internos. Ela pode provocar hemorragias nasais, genitais, urinárias, gastrointestinas ou uterinas. Na dengue hemorrágica, assim que os sintomas da febre acabam, a pressão arterial do doente cai, gerando tontura queda e choque.  

 Números de casos de dengue caem 32%
JORGE NATAL
As notificações de casos de dengue em Rio Branco caíram 32%, segundo dados tabulados ontem pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Foram registrados 2682 casos na primeira semana de fevereiro, enquanto na semana subsequente o número caiu para 1829. “A conscientização da população na limpeza dos quintais, os recolhimentos dos entulhos e a intensificação dos trabalhos de campos foram os fatores determinantes para essa redução”, assim avaliou o secretário Oswaldo Leal.

Em encontro com representantes do Ministério da Justiça, em Brasília, Leal detalhou as ações integradas das secretarias municipal e estadual de Saúde e intensificação da rede de assistência. “A oferta do serviço no momento correto, pelo que se pode perceber, tirou a possibilidade dos pacientes desenvolverem casos críticos da doença”, disse o secretário, assegurando que, neste ano, não houve mortes em conseqüência da endemia.

Ele citou ainda a passagem pelo Acre do médico cubano Eric Martínez Torres, um dos maiores especialistas em dengue no mundo, que realizou na última segunda-feira (21) uma palestra com tema capacitação sobre manejo clínico de pacientes com dengue. A dengue se tornou um dos principais problemas de saúde do mundo, tendo crescido progressivamente em incidência e mortalidade, sobretudo nos últimos 20 anos, de acordo com informações do Ministério da Saúde.

A intensificação das chuvas “acendeu um alerta” nas equipes das secretarias de Saúde.  Ao contrário do que se poderia espera, a dengue está sendo reduzida “significadamente” no Estado, segundo dados semanais dos órgãos responsáveis pelo controle. “Dois fatores são determinantes para essa situação favorável: a colaboração da população e qualificação dos profissionais em Saúde”, salientou Oswaldo Leal.

 

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