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Servidores da Ufac param 48h em adesão a ato nacional e por reivindicações locais

Um grupo de dezenas de servidores administrativos e de outras classes da Ufac aderiu ao movimento nacional e parou as suas atividades na manhã de ontem (3), das 6h às 12h. Organizados pelo Sintes (Sindicato dos Trabalhadores e Educação do 3º Grau), eles afixaram cartazes e tomaram o portão de entrada da Ufac com cadeiras e um carro de som para propagar suas reivindicações. Ao todo, a corrente reuniu mais de 70 mil servidores de 59 universidades espalhadas por todo país. No Acre, o Sintest agrega 800 filiados.
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O bloqueio montado pelos servidores causou tumultos na frente da universidade, já que ontem foi o último dia para que os aprovados no vestibular realizassem suas matrículas. Apesar do protesto, se engana quem pensa que os atos com a insatisfação dos servidores acabaram por aí! Enquanto a maioria das universidades voltam a funcio-nar hoje, a nível local os trabalhadores do Sintest decidiram estender a paralisação em seus serviços até o final desta sexta (4), em função do que eles denominam de ‘descasos da reitoria’ da Ufac.

Para compreender melhor a questão, o presidente do Sintest, Ademar Sena de Araújo, o ‘Dema’, fez uma divisão das pautas nacionais (protesto de ontem) e das locais (de hoje). Segundo ele, o movimento nacional teve esta paralisação de 24h, ontem, em virtude da abertura da campanha salarial da categoria. As principais bandeiras neste âmbito são o fim da fundação estatal (quando a União direciona pessoas de outros estados para os cargos de chefia num local) e reposição salarial de 15% (referente à inflação de 2008, 2009 e 2010).

Além destas prioridades, o movimento também cobra: o pagamento de insalubridade e do VCB (Vencimentos Básicos Comprovados), a racionalização do PC nível médio, fim da terceirização, mais concursos públicos e investimentos na Educação Superior, etc.

Já a nível local, o sindicalista Dema conta que a situação é mais complicada. Conforme ele, os servidores não farão atos de protesto, mas permanecerão de braços cruzados nesta sexta. Isso porque, resume Ademar Sena, a classe acusa a reitoria da Ufac de estar ‘fazendo de tudo para desmerecer e dificultar a vida dos trabalhadores’.

Entre suas pautas de reivindicação, o Sintest pede que a reitoria: assine o ressarcimento dos planos de saúde ao qual eles teriam direito (verbas que eles acusam de serem destinas para outros fins de investimentos); conceda o VBC (que eles dizem não receber porque a reitoria não cobra da União); mantenha a Urpe (Unidades do Plano Real, que foi cortada por liminar do tribunal de contas e significa um abate de 26% em seus salários); e a famosa incorporação dos ‘quintos/décimo’ (pagar 1/5 do salário a cada 10 meses. Os sindicalistas alegam que a reitoria não faz o relatório que os permite de ganhar tal benefício), dentre outras.

Segundo Ademar Sena, como a reitoria estaria se recusando a fazer negociações para as pautas locais, o Sintest deve organizar assembléia na manhã da próxima quarta (9), para decidir se instala – ou não – uma nova greve geral, por tempo indeterminado, na Ufac.          

 

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