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Em represália, bandidos incendeiam posto policial em Cruzeiro do Sul

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A unidade da Polícia Civil que também servia de base para policiais militares no bairro Miritizal foi incendiada na madrugada de quarta-feira (23). Em uma investigação rápida, agentes realizaram a prisão de quatro suspeitos, dois deles confessaram a autoria do crime.

O posto policial ficava fechado a partir das 22 horas, devido à dificuldade de acesso ao Miritizal, localizado na margem direita do Rio Juruá. No início da madrugada, os criminosos despejaram gasolina e atearam fogo na unidade, que ficou completamente destruída. Além de documentos como boletins policiais e mandados de prisão, móveis e eletrodomésticos também foram queimados.

Usando a experiência dos policiais que já atuavam na comunidade, a polícia realizou um levantamento sobre os suspeitos mais audaciosos. Com informações de testemunhas, quatro deles foram presos durante a tarde de quarta-feira.

Francisco Felipe Sabino Martins, 18 anos, e um menor de 17 anos confessaram o crime. Eles disseram que procuravam uma espingarda apreendida pela polícia e, como não encontraram a arma, decidiram atear fogo no posto. Os dois afirmaram que estavam acompanhados de João Cabral da Silva, 24 anos, e o irmão dele de 17 anos, que também estão na delegacia, mas negam envolvimento no crime.

Durante muito tempo, os moradores do bairro Miritizal exigiram do governo um posto policial, e a reivindicação foi atendida há três anos. Mesmo assim, eles reclamam da venda e consumo de drogas. Alguns moradores entendem que os bandidos estavam incomodados com a presença da polícia e decidiram incendiar o posto. Muitas famílias da comunidade estão amedrontadas com a audácia dos criminosos.

A ponte do Rio Juruá que vai deixar o Miritizal a menos de um quilômetro do centro da cidade é a grande esperança dos moradores para soluções quanto à segurança, educação, saúde e, principalmente, acessibilidade. (Tribuna do Juruá)

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