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Laudo da PF comprova que militares não atiraram contra o chão antes de atingir Edna

Laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Federal em Brasília comprova vestígios de fibra e de composto orgânico no projétil de fuzil que matou a estudante Edna Maria Ambrósio Rêgo, 23 anos, há exatamente um ano: no dia 25 de fevereiro do ano passado, em uma blitz da Polícia Militar, no bairro João Eduardo.

O documento era o que faltava para que o promotor Rodrigo Curti, do Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público do Estado do Acre, pudesse oferecer denúncia contra o sargento Francisco Moreira e o soldado Moisés da Silva Costa, por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

No mesmo procedimento, será denunciado o namorado da vítima, Jeremias de Souza Cavalcante, 22 anos, por homicídio culposo, por ter colaborado para que o crime acontecesse, embora não tivesse a intenção de matar, já que ele desobedeceu à ordem de parar na blitz, quando trafegava numa moto com a vítima na garupa.

Por meio de uma técnica chamada de Raman, que utiliza microscópios de muita precisão, os peritos da PF descartaram a existência de vestí-gios de asfalto na bala que matou Edna Rêgo, desarticulando a tese dos advogados de defesa, de que a bala que a matou teria primeiro, atingido o chão, ricocheteado e ido em direção às costas da vítima, quando então a traspassou de um lado para o outro.

“Isso comprova que os envolvido atiraram para matar a vítima”, acusa o promotor.

Conforme Curti, os dois policiais e o namorado da estudante devem ir a julgamento em meados de outubro deste ano e início de 2012.

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