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Polícia Civil estoura mais um galpão suspeito de “desmanche”

Uma galpão localizado na Rua Juarez Távora, Loteamento Novo Horizonte, foi lacrado domingo, 20, pela Polícia Civil por suspeita de servir de desmanche de carros roubados. No endereço foram localizados dezenas de motores, entre os quais de caminhões e caminhonetes, além de milhares de peças de veículos automotores.

De acordo com a investigação, a quadrilha comprava carros acidentados com perca total, de forma legal, com o único objetivo de “esquentar” veículos da mesma marca e modelos roubados fora do estado. A investigação foi comandada pelo delegado Leonardo Santa Bárbara e resultou na prisão de Claudemir de Góes Amaral, suposto líder da quadrilha.

Góes, proprietário da garagem utilizada como oficina mecânica e de compra e venda de veículos, “MultCar”, também lacrada pela polícia na sexta-feira, 18, atuava com o irmão que está foragido. A prisão dele ocorreu quando a polícia investigava adulteração de chassis de veículos roubados e confecção de documentos falsos.

Paulo Nascimento Santiago, o ‘Paulinho’, ligado a Góes, também foi preso, acusado de integrar a quadrilha. De acordo com investigação, a prisão de Claudemir Góes é resultante de um trabalho da equipe do delegado Leonardo Santa Bárbara, da 1ª Regional, que aponta o empresário Claudemir de Góes, como líder da quadrilha.

Segundo o delegado, o golpe constituía no falso financiamento de veículos roubados (Finan). A quadrilha comprava “carcaça” de carros acidentados com perda total. Os criminosos retiravam a numeração do chassis, motor, plaquetas e a documentação veicular.

 De posse dos restos de veículos acidentados, a quadrilha encomendava o roubo de carros semelhantes e instalavam o chassi comprado no veículo roubado, deixando a documentação regular, imperceptível a “olho nu”.

Após concretizar a primeira fase do crime, a quadrilha passava para a fase rentável, que era financiar os veículos roubados. Numa avaliação preliminar a polícia acredita que o material apreendido em posse da quadrilha está avaliada em mais de R$ 2 milhões. Todo material apreendido está sendo periciado.

Santa Bárbara explicou que a polícia apreendeu veículos e documentos que comprovam a prática dos crimes investigados. “Foram presas pessoas que integram a quadrilha, lacramos dois estabelecimentos que funcionavam como “fachada” para lavagem de dinheiro do crime, tudo dentro da lei e da ordem”, destacou.

Categories: POLICIA
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