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Polícia prende estelionatário que clonava cartões em vários estados

João Mirle do Vale Leal, (36), acusado de integrar uma quadrilha de estelionatários, foi preso no domingo (30), na cidade de Porto Velho (RO), por investigadores da Polícia Civil do Acre. Mirle é sentenciado a seis anos de prisão por formação de quadrilha (bando armado) e investigado por roubo de carros, falsidade ideológica, entre outros delitos.
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Em poder do acusado a polícia apreendeu um notebook e um pen drive, ambos contendo informações sigilosas, que seriam de contas bancárias de várias pessoas, adquiridas por meio do criminoso para falsificar cartões de crédito bancário.
 
Segundo o delegado Roberth Alencar, Mirle operacionalizava as ações de um bando que tinha como cabeça no Acre o estelionatário Elissandro Leal da Silva, 37, procurado pela polícia de São Paulo e Rondônia, preso pela Polícia Civil, no último dia 12, no Bairro Bosque, com a posse de um veículo Renault, vermelho, uma Honda Titan, prata, geladeira, televisão de plasma, monitor para computadores, estantes, cama box conjugada, armários de louça e roupa, entre outras mobílias de luxo, adquirida através de compras com cartão falsificado. Elissandro Leal tinha um apartamento alugado na Rua Floresta, Bairro Conquista, onde foram apreendidos os objetos.
 
Em depoimento na sede do DIC o estelionatário confessou que tirou uma identidade falsa no Mato Grosso, com o nome de Jhone Silva (fictício). Em uma avaliação preliminar o delegado que apura o estelionato acredita que o golpe tenha passado de R$ 100 mil, somente nas lojas de eletroeletrônicos. A polícia apurou que em Mogi Mirim (SP) e Natal (RN) ele foi preso por porte de arma de fogo e em Mogi das Cruzes, também em São Paulo, chegou a ser preso por tráfico de droga e sentenciado em Porto Velho (RO) por estelionato.
 
Ao tomar conhecimento da prisão de Elissandro, com quem tem grau de parentesco, João Mirle veio à Rio Branco resgatar Luiz Henrique do Vale Leal, 18, mentor intelectual da quadrilha de falsários, e que possui ramificações em vários estados, mas com sede em Campo Grande (MS). Na seqüência das investigações a Polícia Civil, através da Delegacia Antiassalto, apreendeu uma máquina de fabricar cartões bancários, computadores, cartões em nome de terceiros e insumos para falsificações de cartões magnéticos diversos. Duas semanas depois das primeiras prisões alcançou Mirle, que é investigado em outras duas delegacias em Rio Branco.
 
Outra passagem

Cumprindo mandado de prisão preventiva, assinado em maio de 2010, pelo juiz Clóves Augusto Alves Cabral, da 4ª Vara Criminal de Rio Branco, o delegado Roberth Alencar, prendeu João Mirle do Vale Leal. Condenado a seis anos de prisão por receptação de carros roubados ou furtados, ele foi transferido para a unidade de recuperação social Francisco d’Oliveira Conde.
 
João Mirle, conhecido como “playboy da cidade”, estava sendo investigado há algum tempo e apesar da sua prisão ter sido decretada em 25 de maio, ele continuava gozando de liberdade embora seu paradeiro fosse desconhecido. João Miller foi preso quando se divertia com mulheres em boate da cidade, conduzido a delegacia, numa breve pesquisa do delegado Robert Alencar no Infoseg, constatou-se que Mirle respondia a três inquéritos por estelionato no Estado de São Paulo e tinha uma condenação de seis anos de prisão por receptação de produtos furtados ou roubados. No dia dos fatos, ele de posse de uma arma de fogo atirou contra o filho de um procurador do Estado.

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