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Angelim é homenageado com a comenda Amigo do Movimento Comunitário


O prefeito Raimundo Angelim  foi homenageado nesta sexta-feira, 18, pelo compromisso com os movimentos sociais  Angelim e outras 27 ativistas receberam da União Municipal das Associações de Moradores de Rio Branco (Umarb) a comenda Amigo  do Movimento Comunitário, título conferido às pessoas que se destacam em favor do desenvolvimento das comunidades.  Estiveram presentes ou receberam a honraria a representante do governador Tião Viana, Nazaré Araújo, os senadores Aníbal Diniz e o Jorge Viana, os vereadores Gabriel Forneck e Ricardo Araújo, o assessor especial do Governo do Estado, Carlos Alberto Bernardes, e Maria Eunice de Braga, mais antiga líder comunitária em atuação  na capital acreana, além de ativistas sociais e gestores públicos.


Angelim voltou  frisar que em sua gestão o movimento comunitário não tem sido só importante como fundamental na tomada das decisões que fazem de Rio Branco uma cidade cada vez melhor para se viver –e o trabalho não pode parar, mesmo diante das dificuldades.    “A gente nunca pode desistir de realizar os sonhos. Ser líder comunitário, ser prefeito não é para os fracos. É para quem acredita ser capaz de promover as mudanças por um gestão melhor”, disse o prefeito, citando o nome do  líder comunitário Manca, ex-presidente da Associação dos Moradores do Bairro Preventório.


Entre outros, também foram agraciados o senador Jorge Viana e Expedito Monteiro, o primeiro líder comunitário de Rio Branco. Hoje com 84 anos, Monteiro fundou a primeira associação de moradores no  bairro Abraão Alab. Ao todo, 28 personalidades receberam a comenda. Para o presidente da Umarb, Gilson Albuquerque,  a homenagem reconhece o compromisso das pessoas com as populações que mais precisam, além de ressaltar o papel do líder comunitário. “Os líderes da comunidade são os primeiros a serem procurados pelos moradores”, disse.


“Quantas pessoas tombaram, foram presas apenas por que lutavam pelo melhoria de vida?”, disse o vereador Ricardo Araújo, que lembrou o trabalho quem sendo desenvolvido pela Prefeitura na regularização fundiária de Rio Branco. Conforme ele, até o final do mandato de Angelim é esperada a emissão de 15 mil títulos definitivos de propriedade.

Diferencial do Acre é a força comunitária

Ex-prefeito e ex-governador, Jorge Viana disse que sua trajetória como político e gestor público tem a marca da parceria com os líderes comunitários. “Tenho nas lideranças pessoas que respeito e a quem devo muito”, declarou, fazendo especial referência ao trabalho desenvolvido pelo prefeito Raimundo Angelim pelo desenvolvimento comunitário e valorização das lideranças.  Jorge Viana anunciou que irá resgatar e divulgar a história das lideranças comunitárias do Acre.

O filho de Expedito Monteiro, Edeval Santana, fez um breve relato de como começou a luta dos líderes de moradores e agradeceu a Umarb e a todos pela homenagem ao pai.

Na avaliação do senador Aníbal Diniz, o Acre possui importantes diferenças de outras regiões quando o assunto é luta social – e isso tem trazido resultados interessantes para o desenvolvimento do Estado. “O grande diferencial do Acre é a força comunitária”, destacou o senador.

Data lembra João Eduardo

A entrega da comenda, realizada durante café da manhã na Sociedade Beneficente dos Operários de Rio Branco (Sborba), e marcou o Dia Estadual do Líder Comunitário, instituído através de lei de autoria do deputado Moisés Diniz para lembrar a data em que o líder comunitário João Eduardo morreu assassinado. O crime ocorreu durante a  formação do bairro João Eduardo, localizado numa região tomada por fazendas e ex-colônias.

Nessa área, João Eduardo Nascimento, que era morador do bairro Bahia e fazia parte do grupo de defesa dos direitos humanos da Diocese de Rio Branco, foi escolhido pelo governador Joaquim Falcão Macedo como presidente da comissão demarcadora de lotes. Essa comissão tinha a finalidade de organizar a distribuição dos terrenos. O traçado das ruas foi pensado de forma que a largura de cada quadra fosse de 50 metros, dois terrenos de 25 metros, um de fundo para o outro, tudo devidamente planejado. Com o desenvolvimento do trabalho de demarcação dos lotes e a tentativa de acabar com a ocupação desordenada da cidade e a especulação imobiliária. Devido ao seu trabalho, João Eduardo acabou morrendo após levar um tiro de espingarda.

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