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Força Sindical reafirma a Mantega que não aceita mínimo de R$ 545

O secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, vai conversar separadamente com cada uma das seis centrais sindicais antes da reunião geral marcada para sexta-feira (4), quando deverá ser fechado o acordo sobre o reajuste do salário mínimo. Hoje (2), a conversa foi com a Força Sindical e contou com a participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega.


Segundo o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Perreira da Silva, o Paulinho, o ministro Mantega está apelando às centrais que aceitem o valor proposto pela área econômica, de R$ 545, “com o argumento da responsabilidade fiscal, da questão dos gastos, que o governo vai ter de fazer contingenciamento”. Em compensação, segundo Paulinho, a equipe econômica do governo poderia discutir a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física.


Segundo narrou Paulinho, o ministro Mantega disse, na reunião, que o salário mínimo acima dos R$ 545 seria visto como gasto e criaria expectativa de mais inflação pelo mercado. O sindicalista respondeu que, para a Força Sindical, é muito difícil fazer um acordo que não contemple o reajuste maior do salário mínimo.

Segundo o presidente da Força, o governo também precisa enviar ao Congresso, junto com a medida provisória do salário mínimo, a formalização da política de valorização do mínimo com base na variação do Produto Interno Bruto (PIB). “Queremos que a presidenta Dilma mande na medida provisória o atual acordo, [que tem como base de reajuste] a inflação mais o PIB do ano anterior. Queremos que ela coloque essa política na medida provisória que será enviada ao congresso para que possamos aprová-la e ter validade para os quatro anos”.

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Câmara vai discutir reajuste do salário mínimo com responsabilidade, diz Marco Maia

 O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse hoje (2) que a proposta de reajuste do salário mínimo será discutida “com responsabilidade” na Casa. Na primeira entrevista coletiva depois de ser eleito para ocupar o cargo nos próximos dois anos, Maia afirmou que as discussões sobre o tema vão considerar o equilíbrio das contas públicas.

“O reajuste será fruto do debate”, ressaltou. “Todos nós queremos que o salário mínimo continue crescendo. Mas também queremos que as contas públicas estejam equilibradas. O debate e a discussão serão pautados a seu tempo. Quando as matérias estiverem prontas para serem votadas por acordo, serão votadas”, acrescentou.

O governo definiu o salário mínimo em R$ 545. As centrais sindicais negociam um reajuste maior para que o valor fique em torno de R$ 580. Na próxima sexta-feira (4), o assunto será debatido com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

Além do reajuste do mínimo, os sindicalistas querem a correção da tabela do Imposto de Renda de 6,47%.  (Agência Brasil)

 

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