Por conseqüência de sucessivos “apagões digitais” à população acreana, o deputado Gladson Cameli (PP/AC) solicitou audiência com o superintendente de Serviços Privados da Anatel, juntamente com todos os membros da bancada, com objetivo de levar a conhecimento da Agência fiscalizadora os inúmeros problemas que o Estado vem sofrendo com o serviço de banda larga prestados pelas empresas concessionárias.
A reunião acontecerá na quarta-feira, dia 16, às 10h, na sede da Anatel em Brasília. Na oportunidade será levado a conhecimento da Agência as inúmeras interrupções dos serviços nas escolas, empresas e principalmente nos serviços públicos, ofertados a sociedade por meio de órgãos como a Receita Federal, Polícia Federal, Detran, Instituto de Identificação, hospitais, presídios, bem como secretarias municipais e estaduais, o que causa diversos prejuízos a população acreana. Tal fato vem sendo veementemente repudiado pelo deputado, ainda mais em pleno século 21.
O objetivo é exigir medidas emergenciais da Agência, tanto da empresa Oi Telecomunicações, responsável por 85% da cobertura de rede de internet no Acre, e que somente nos últimos dez dias registrou cinco quedas por duração de duas horas na Capital e interior do Estado, como das demais empresas concessionárias do serviço.
Ao ser informado sobre o assunto, Gladson Cameli decidiu unir-se a colega de bancada, deputada Perpétua Almeida (PCdoB), que já denunciou o caso ao Procon, e afirmou que como se não bastasse os problemas causados pelo sistema energético do Estado, a sociedade ainda tornou-se obrigada a conviver com outro péssimo serviço.
“É inadmissível que o Acre em pleno processo de indus-trialização e globalização fique impedido de avançar nos serviços oferecidos aos cidadãos por conta da falta de compromisso de empresas que sequer se manifestam acerca das falhas ocorridas constantemente em seu sistema operacional”, reclama o deputado.
Cameli garantiu na manhã de ontem, 11, que irá insistir na solução das falhas e aproveitou para elogiar a iniciativa do Ministério Público Federal (MPF) e do Procon, que ameaçaram reprimir a Oi através de processos administrativos e uma multa de cerca de R$ 3 milhões caso as falhas não sejam solucionadas imediatamente.
“Além de cobrarmos explicações sobre as constantes quedas no serviço de internet no Estado, vamos exigir que os clientes da empresa sejam ressarcidos pelo período em que ficaram sem conexão com a rede mundial. Não podemos aceitar que situações como essas aconteçam sem nenhum protesto por parte das autoridades e da sociedade”, finalizou Gladson Cameli. (Assessoria)