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Ney Amorim: “a nossa palavra de ordem na mesa é entendimento”

O jovem deputado Ney Amorim (PT) está vivendo o maior desafio da sua vida política como primeiro secretário- executivo da Aleac. As atribuições do seu cargo são essen-ciais para manter a harmonia administrativa e política do Poder Legislativo. Ontem, durante visita ao jornal A GAZETA, Amorim fez uma avaliação das transformações da Casa com a eleição da nova mesa diretora responsável pelos dois primeiros anos da atual legislatura.
Entrevista-Ney
Estruturação e gestão
Mudanças sempre trazem dúvidas dentro de uma instituição. Mas Ney Amorim garante que conhece o caminho para manter a instituição harmonizada. “Nós temos dialogado muito. Antes tinha que trabalhar apenas com o meu mandato e agora tenho que ter responsabilidade com o Poder Legislativo. Diante de um desafio tão grande mergulhei nos processos e nos problemas da Casa. Quis entender a estrutura para que possa continuar fazendo com que a Aleac represente a população de maneira convincente”, avaliou.

A gestão administrativa também não preocupa o parlamentar. “Temos em torno de 300 funcionários ativos. Eu já tinha uma boa relação com todos durante o tempo que exerci o meu primeiro mandato. Como gestores teremos que criar as condições para que a Casa funcione da melhor maneira possível. O servidor tem que se sentir bem para desempenhar as suas funções. O nosso papel da mesa diretora é cuidar não só dos parlamentares, mas de toda a estrutura”, salientou.

Aproximação com a população
Os primeiros dias de trabalho da nova mesa diretora foram para avaliar a situação da Casa. Mas o parlamentar garante que em breve começarão as ações para o legislativo se aproximar das comunidades. “Temos 24 parlamentares que não trabalham apenas nos seus gabinetes e no plenário. A Aleac já foi aos lugares mais distantes do Estado dialogando com as pessoas, conhecendo os seus problemas para ajudá-las através de ações de governo. Nós temos que cuidar da manutenção desses projetos que nos aproximem das comunidades. Inclusive, vamos nos reunir nos próximos dias para podermos planejar ações efetivas que vão de encontro ao anseio da população. O nosso desejo é ter a Aleac cada vez mais próxima das comunidades. Conhecendo a realidade de perto poderemos elaborar projetos e indicações que poderão ajudar o atual Governo do Acre”, argumentou.

Relação com o Executivo
Ney Amorim explicou que a harmonia entre os poderes é fundamental para a governabilidade do Estado. “Temos uma boa relação com o Executivo porque o Poder Legislativo é quem cria as condições para as realizações do Governo. A Aleac tem um papel nesse debate. Conversei com o governador Tião Viana (PT) no seu gabinete. Ele me falou o quanto quer investir na produção do Estado, criando indústrias e melhores condições para os trabalhadores rurais. O Tião Viana quer ampliar o trabalho do ex-governador Binho Marques (PT) de inclusão social para garantir o bem-estar da vida dos acreanos”, relatou.

Apesar da folgada maioria parlamentar da base governista, Ney acredita que a oposição tem um papel a cumprir. “A Aleac tem que trabalhar sempre com o entendimento de que existe a base de apoio e a oposição. Os debates têm que acontecer. Mas no final temos que entender que o Governo precisa trabalhar para ajudar o maior número de pessoas. Vamos divergir, mas no final temos que aprovar as matérias do Governo e criar condições para que o governador Tião Viana possa realizar as suas metas de trabalho para industrializar, exportar e gerar empregos no Estado”, argumentou.

O cargo que Ney Amorim ocupa o coloca numa situação de comunicação igualitária com todos os parlamentares. “A minha relação com a oposição é a melhor possível. Mas isso não me impede de ter um lado político. Sempre deixei isso bem claro. Mas como primeiro secretário tenho que me relacionar bem com todos os parlamentares. A relação tem que ser harmoniosa. Na hora que vou à tribuna sou o deputado da base que defende os projetos da FPA. Mas na secretaria sou um servidor da Casa para atender os interesses de todos os seus servidores”, avaliou.

Disputa de poder
Indagado se procedem as informações de que haveria conflitos internos na mesa diretora, Ney Amorim nega. “Não há disputa de poder. O presidente da Aleac, deputado Élson Santiago (PP) é um príncipe. Ele conhece o Poder Legislativo como ninguém porque tem sete mandatos e uma experiência de conciliação muito grande. Portanto, não há nenhuma relação de disputa na mesa diretora. O que nós estamos buscando é estarmos cada vez mais unidos e pensando numa Aleac pró-ativa para realizarmos as ações do Poder Legislativo que possam atender os anseios da população, dos funcionários da Casa e dos nossos 24 parlamentares. A nossa palavra de ordem tem sido entendimento”, finalizou. 

 

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