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Para Lula, centrais são ”oportunistas” sobre mínimo

 Depois de 37 dias sem falar sobre questões de governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quebrou o silêncio ontem para chamar de “oportunistas” os “colegas sindicalistas” que defendem um salário mínimo superior aos R$ 545 oferecidos pela gestão Dilma Rousseff. Lula cobrou dos sindicatos a palavra empenhada no acordo firmado em seu governo, que prevê o reajuste do mínimo a partir da soma da inflação anual e do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior.

 As críticas foram feitas pouco antes de seu discurso como convidado do 11.º Fórum Social Mundial (FSM), em Dacar, no Senegal. Até então, Lula não demonstrava intenção de falar aos jornalistas, mas acabou deixando clara sua insatisfação com os rumos das negociações sobre o salário mínimo ao ser questionado sobre o assunto, na saída do Hotel Terrou-Bi. Lula havia acabado de se encontrar com o presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, e estava a caminho do Fórum Social Mundial.  (Folha de S. Paulo)

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 As centrais sindicais, que aguardavam nova rodada de negociação com o governo, reagiram ao revés duplo sofrido ontem. Primeiro, devolveram a acusação de “oportunismo” ao ex-presidente Lula, lembrando que ele e Dilma prometeram, na campanha eleitoral, aumento real do salário mínimo para 2011. Surpresos com a decisão da coordenação do governo de enviar a proposta de R$545, reafirmaram a disposição de brigar nas ruas e no Congresso.

 Em encontro das seis entidades ontem, o grupo decidiu emitir um documento que indica o rompimento da presidente com os trabalhadores. O primeiro grande protesto, do setor metalúrgico, acontece amanhã em São Paulo. Os sindicalistas consideram ser intransigência dos ministros de Dilma – especialmente da área econômica – o valor do novo mínimo, que corrige apenas a inflação.  (O Globo)

 

 

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