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Secretário de Educação diz que de 70 escolas apenas cinco estão paradas

Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Educação indica que das 70 escolas administradas pela prefeitura apenas cinco aderiram à paralisação dos servidores municipais, mas já se comprometeram a retornar as atividades na segunda-feira até que a categoria finalize as negociações. O secretário da pasta, Márcio Batista, disse ontem que os sindicatos da categoria agem com cautela neste momento em que a discussão sobre a pauta de reivindicações está em aberto.
Marcio-Batista
Ele afirma que não houve deflagração de greve de todos os sindicatos. Oficialmente, o Spate, dos enfermeiros, e o Sindicato dos Urbanitários decidiram parar. Os demais sindicatos de trabalhadores fazem consultas em suas bases até a próxima segunda-feira, 21, para definir a direção do movimento. Na quinta-feira, a presidente da CUT/AC, Rosana Nascimento, havia confirmado a paralisação de todos os servidores informando que os sindicatos ainda estavam consultando cada categoria. “A negociação não parou. A prefeitura espera a decisão dos servidores nas assembléias. Temos a garantia que das cinco escolas que pararam, quatro voltam segunda-feira pelo menos até que a categoria decida o que fazer. Se for pela greve tudo bem”, explicou.

O comando de negociação do município ofereceu reajuste salarial fracionado de 7,02%, índice ainda em apreciação pelos trabalhadores bem como a forma de aplicação, já que 4% seria oferecido agora com pagamento retroativo a janeiro e os outros 3,02% em setembro. Os professores não concordam com este parcelamento do reajuste e discutem uma nova proposta que deverá ser encaminhada formalmente no início da próxima semana. Márcio Batista reforça a posição da prefeitura de que não há como avançar no valor do reajuste que representa R$ 9,7 milhões a mais no pagamento dos servidores. Se concedido o valor reivindicado de 12%, a folha subiria para R$ 13 milhões por ano.

“Só posso falar pela minha secretaria, a da Educação. Uma conquista importante foi a equiparação salarial com os professores do Estado. O piso os professores já conseguiram. Agora podem lutar pela isonomia no teto”, afirma. Batista diz que outro ponto da pauta que está sendo discutido é o pagamento do FGTS que deixou de ser depositado a partir de 1988 e outras duas gestões municipais. O secretário informou que uma consultoria na área de contabilidade será contratada para resolver o problema que prejudicou cerca de 200 professores da rede. Uma das alternativas seria o escalonamento do pagamento desses trabalhadores cujo valor atinge R$ 7 milhões. “Apesar de não ter sido contraída nesta gestão, esta é uma dívida da prefeitura que precisa ser quitada”.

A revisão das carreiras é outro fator que está na mesa de negociações. A prefeitura se comprometeu, segundo informou Batista, a fazer a revisão dos cargos e carreiras até o fim deste ano. Ele diz que esta revisão é importante devido à necessidade de atualizar as novas funções, mas que acarretará em mais um impacto na folha de pagamento. As mudanças deverão ser apresentadas na Câmara de Verea-dores para que possa ser incluída no orçamento do município para o próximo ano.

O secretário de Educação informou ainda que o prefeito Raimundo Angelim confirmou a contratação de todos os aprovados no concurso realizado em 2007 até o fim deste ano. “Quem fez aquele concurso pode ter certeza que até o fim de 2011 será chamado”, finaliza.

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