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Ação tem foco no combate ao câncer de próstata, que atingiu 50 mil homens em 2010

 

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No primeiro dia, dezenas de homens enfrentaram fila para receber atendimento

Um exame que dura em média 20 segundos precisa antes vencer a barreira do preconceito para ser realizado. O toque retal, procedimento usado para o diagnóstico do câncer de próstata, ainda tem resistência dos homens brasileiros, o que levou à confirmação de 50 mil novos casos da doença no país, em 2010.
Para evitar que estes números aumentem, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Urologia, em parceria com governos estaduais e o Ministério da Saúde, tenta esclarecer e orientar sobre as formas de prevenção a este tipo de câncer e a outras doenças que afetam a saúde masculina.
Uma carreta da SBU percorre o país e chegou ao Acre para o primeiro evento programado para 2011. Até sábado (26), seis urologistas atendem homens de qualquer idade, entre 9h às 17h, em frente ao Palácio Rio Branco.

No primeiro dia, uma fila já se formava próximo ao caminhão, adaptado como uma unidade de saúde e com capacidade de atendimento de 3 mil pessoas em 5 dias.
Antônio Martins da Silva se submeteu ao exame em 2009 e aos 58 anos decidiu repeti-lo como medida preventiva. Ele admite que não é apenas o preconceito que faz com que os homens deixem de procurar o consultório médico. “Os homens são mais preguiçosos e acomodados para cuidar deles mesmos. Achei ótima essa idéia”.

O urologista e chefe da caravana nesta etapa da viagem, Mauro Trindade, explica que o Acre não foi escolhido por acaso como 1º destino do caminhão  em 2011. “Era uma dívida com o governador Tião Viana. Como senador, ele foi o porta-voz da saúde masculina junto ao ministério, o que culminou na realização do programa”.

A equipe é formada por 2 urologistas da SBU e 4 profissionais médicos do Estado. Após o exame clínico, os casos que necessitarem de investigação mais minuciosa são encaminhados às unidades de saúde locais. Cuidados com outros males (câncer de pênis e as disfunções hormonal e erétil) são o foco da ação. Mas a falta de atenção do homem com a própria saúde pode atingir também as mulheres, facilitando infecções que podem lhe causar o câncer do colo de útero.
De Rio Branco, a carreta da saúde masculina segue para Manaus, Belém, São Luís e Teresina.

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