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Associação divulga conta para ajudar japoneses e pede solidariedade para a reconstrução do país

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Melany Ota (D) conta faz apelo para que acreanos ajudem japoneses

Pense no quanto da cultura japonesa está presente no seu dia-a-dia! Agora, imagine o tamanho do sofrimento que enfrenta hoje este povo tão distinto, juntando os cacos da sua soberana nação em meio à destruição gerada pelo terremoto de 9 pontos na escala Richter, tsunami de 23m e ameaças nucleares. Diante de tal cenário, a vice-presidente da Associação Cultural Nipo Brasileira do Acre, Melany Ota Takashima, divulgou ontem a conta da Cruz Vermelha na-cional para que os acreanos possam ajudar os japoneses na dura missão de reconstruir o país.

O número é do Banco do Brasil, Conta Corrente (C/C) é 90000-1, Agência 1611-X, tendo como beneficiado a Cruz Vermelha do Brasil. A associação obteve a conta através do Consulado Geral do Japão nas regiões Norte/Nordeste (em Manaus) e pela embaixada japonesa. Todo dinheiro reunido irá para a compra de mantimentos, remédios e recursos para a reestruturação do país. Qualquer quantia poderá ser doada! Outra conta oficial, esta direto da Cruz Vermelha japo-nesa, está no site do consulado.

Passados 10 dias desde a 1ª catástrofe, a conjuntura do Japão ainda é apreensiva, com um clima de instabilidade geral em todos os setores do país, desde a sua Economia até sua rede de Saúde. Na descrição de Melany Ota, o desastre vindo numa fase tão positiva e a atual dificuldade em se controlar a radioatividade nas usinas deixam a população japonesa bastante abatida e insegura.
“Foi algo muito trágico e repentino! Afetou bastante as famílias japonesas de todo planeta. Sem dúvida, foi o pior desastre que assolou o Japão nos últimos anos, desde as bombas de Hiroshima e Nagasaki. Esta indefinição nas usinas assusta ainda mais. Tenho uma prima que mora há cerca de 15 anos em Tóquio, com marido e filhos. Antes da tragédia, ele vinha nos visitar. E agora, com a instabilidade na região, ela até já está considerando a idéia de voltar para o Acre” conta a empresária.

Outro agravante é que a tsunami atingiu justo o Norte e o Nordeste japonês, regiões que alocam boa parte dos pequenos agricultores do país, mais limitados à recuperação financeira.     

Espírito guerreiro – Contudo, não é com desânimo que o povo japonês está encarando o episódio. Com sua história repleta de recuperações diante de crises, Melany Ota prega que os japoneses possuem muita organização, disciplina e determinação pa-ra buscar a reparação do que lhes foi levado pela fúria da natureza. Nesse sentido, ela crê que a população de lá conseguirá se recompor deste abalo em tempo hábil. Só que, para isso, será preciso da solidariedade do mundo todo, em especial, para não discriminá-los.

“É da cultura do japonês se unir nestas horas difíceis. E tal recuperação, partir de agora, será o grande foco do Japão. Mas, para se manter nesta linha, é preciso que os japoneses não se preocupem em responder certas brincadeiras de mau gosto que estão surgindo por aí. Elas são desrespeitosas, e totalmente desnecessárias neste momento”, concluiu Melany.

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