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Candidatos que se sentiram lesados resolvem buscar apoio e são ouvidos hoje

ufac
Adriana Souza se inscreveu para Nutrição, mas foi impedida de fazer a prova

Adriana Souza tem convicção de que foi lesada em seu direito de fazer a prova para o Vestibular 2011 da Universidade Federal do Acre. A candidata de 18 anos, inscrita para o curso de Nutrição, faz parte do grupo de 207 pes-soas que entraram com  ação no Ministério Público Federal em busca de uma solução para o que julga ter sido uma ‘injustiça’. Nenhum deles havia se manifestado publicamente sobre o caso, até que foram convocados pelo deputado Éber Machado (PSDC). Agora, eles resolveram criar uma comissão, que será ouvida pelos deputados na manhã de hoje, 18, a partir de 8h30, na Assembléia Legislativa.

O grupo usa as redes so-ciais para mobilizar os demais candidatos que se sentiram prejudicados. Adriana Souza diz que esta é uma tentativa de sensibilizar a sociedade e a Ufac para rever a decisão do Conselho Universitário em não realizar outro concurso e contrariar o compromisso feito pela universidade com o MPF, para que a ação movida fosse suspensa garantindo o direito dos 2.030 aprovados de iniciar o semestre letivo. Ela revela que não só 207, mas em torno de 300 pessoas que fariam a prova no prédio da Uninorte foram prejudicadas pelo que chama de uma    ‘falta de organização da Ufac’.

“Ninguém, e isso posso afirmar com toda certeza, absolutamente ninguém, nenhum dos fiscais, havia sido informado sobre barrar pessoas com documentos vencidos. Isto foi informado depois que já estávamos dentro das salas”, conta Adriana, que foi retirada do local quando já estava com a prova em mãos. Ela afirma que ao ler o edital prestou bem atenção nas restrições e nas orientações, mas não havia itens sobre validade dos documentos. “Já que era tão grave a validade do documento, ao ponto de nos tirar o direito de fazer a prova, poderia constar no edital”, avalia.

Gilcilene Gadelha, também de 18 anos, candidata ao curso de Enfermagem, conta que já havia solicitado um novo documento de identidade. Só que este só ficou pronto somente em janeiro. Ela acredita que agora, após o processo do vestibular ter sido concluído e os aprovados já terem iniciado o curso, será mais difícil reverter a situação.

Ao convocar estes candidatos, por meio da mídia, o deputado Éber Machado espera contribuir para corrigir uma injustiça. “Estamos procurando fazer a nossa parte. Vamos ao MPF e à Ufac tentar discutir uma solução para estas pessoas, sem prejudicar quem já está estudando”.

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