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Conjunto Ouricuri está abandonado pelo poder público

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Caminhão de lixo ficou atolado em uma das ruas do bairro

Ruas intrafegáveis, ausências de calçadas e áreas de lazer, falta d´água, de iluminação, furtos e assaltos e muita, mas muita revolta dos moradores. Este é o atual retrato do Conjunto Oricuri, no bairro das Placas, que, na época de sua construção, foi oferecido aos futuros moradores como um condomínio fechado. Nesta semana, um caminhão que recolher lixo ficou atolado em uma das ruas.

“O problema é que ninguém sabe a quem recorrer”, disse o morador Cleverton Júlio Alves da Cruz. Ele informou que existe uma pendência judicial entre a Caixa Econômica Federal e a Jaguar Empreendimentos, responsável pelas obras do conjunto. “A Caixa diz que a empreiteira é a responsável pela infra-estrutura. A Jaguar, agora em processo de falência, afirmar que a responsabilidade é da  prefeitura”, tenta explicar o morador.

A reportagem de A Gazeta procurou os órgãos municipais. A informação é de que o conjunto está sob júdice. Por ironia do destino, máquinas trabalham “a todo vapor” no vizinho bairro Chico Mendes, que está quase todo urbanizado. “Isso é um absurdo. Lá tem até um parque contando todo o bairro, e a gente não tem sequer ruas e calçadas”, reclama uma moradora, tirando sacolas dos pés.

À revelia da questão judicial, uma equipe da prefeitura, através do Processo de Gestão Participativa (PGP), conseguiu intervir em duas ruas do conjunto. O presidente da União das Associações de Moradores de Rio Branco (Umarb), Gilson Albuquerque, disse que a “confusão” entre Caixa, Jaguar e Prefeitura, que já duram quase 10 anos, só “sobra para os moradores”.

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