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Em nota, ex-superintendente da Fundhacre denuncia e esclarece os casos de corrupção

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Ex-superintendente da Fundhacre,  decidiu  revelar os nomes de envolvidos em fraude

Em nota divulgada ontem, o ex-superintendente da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), Sérgio Roberto Gomes de Souza, denunciou um caso de corrupção no setor oftalmológico conhecido por ‘Olhos da Cara’. Ele também esclareceu o esquema de fraude na emissão de passagens no Tratamento Fora do Domicílio (TFD), denunciado no ano passado, e cujo desfecho culminou com a tentativa de envenenamento feita pelo servidor público da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Alex Barros, conforme matéria divulgada ano passado por esta A GAZETA.

Sérgio Roberto, que na época era secretário-adjunto da Sesacre, conta que fora informado, pelo servidor Alexandre Araripe, que oftalmologistas da Fundhacre, citando Eduardo Veloso, estariam direcionando pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) para realização de exames em clínicas particulares. O fato, segundo a nota, foi denunciado à direção da Fundhacre. Esta não teria constatado nenhuma irregularidade no setor.

No tocante às denúncias do TFD, detectadas no momento da transição do governo de Tião Viana, o ex-superintendente relata que, tão logo que detectou a fraude, comunicou o ocorrido ao secretário da Fazenda, Mâncio Lima Cordeiro, ao procurador do Estado, Roberto Barros, e ao secretário de Articulação Política, Carioca Nepomuceno, para a tomada de providências.  
O esquema funcionava da seguinte forma: o empresário Mário Jorge, da agência de viseria o emissor de bilhetes fictícios e de notas como se pacientes tivessem viajado para outros estados. Todo o conluio teria sido montado com Alex Barros, que, pressionado, terminou assumindo a responsabilidade pela fraude. Ele revelou, ainda, que o dinheiro era dividido em duas partes iguais. Há controvérsia sobre valor do rombo. Uns falam em R$ 7 milhões, enquanto outros afirmam ser apenas R$ 843 mil.

Servidor efetivo da Sesacre, Alex Barreto ocupava cargo comissionado e cuidava da prestação de contas relativa aos pagamentos de passagens aéreas do TFD.
A reportagem ligou para o consultório do Dr. Eduardo Veloso. A secretária disse que ele retornaria a ligação, fato que não ocorreu até o fechamento desta edição. Quanto aos demais citados, os contatos não foram conseguidos.

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