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Empresários palestram sobre desafios na execução de obras no Acre

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Encerrando o Seminário Obras de Infraestrutura no Estado do Acre, na tarde desta terça-feira, 1º de março, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil, Carlos Sasai, e o secretário da entidade, Assurbanípal Mesquita, ministraram palestra sobre “Os desafios das obras de saneamento, habitação e urbanização no Acre”.

“O desafio começa bem antes só pelo fato de sermos empresários da construção civil. Somos fiscalizados pelo fiscal da obra, pelo TCU (Tribunal de Contas da União), Ministério do Trabalho, INSS, Receita Federal e Prefeitura, só para citar alguns”, afirmou Sasai. “Em certos momentos, penso que somos malucos por atuar nesse ramo, mas alguém tem que executar essas obras e trazer o desenvolvimento para o nosso Estado”.

Após discorrer sobre a estrutura do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), o engenheiro Assurbanípal Mesquita falou sobre a situação do setor da construção civil no Estado. Apesar da constante busca pela qualificação – atualmente 60 empresas acreanas são certificadas pelo Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-h) – os desafios para a execução de obras de grande porte no Estado são muitos.

“O Acre possui algumas situações bastante peculiares, como o clima. Temos aproximadamente seis meses de clima seco no qual podemos trabalhar. A logística interna é outro problema, pois cada município tem suas particularidades. Há baixa disponibilidade de mão-de-obra qualificada e, além disso, agora lidamos com a evasão de mão-de-obra. Muitos estão preferindo ir para Rondônia, trabalhar nas obras das usinas hidrelétricas”, destacou Mesquita.

Além de pressões internas, como a administração de recursos e pessoal, as empresas lidam ainda com pressões externas, tais como o entrave de leis ambientais, trabalhistas, encargos e ainda a discriminação da sociedade, segundo afirmaram os palestrantes. “Temos tentado mostrar para a sociedade que a iniciativa privada não é nenhum monstro. Trabalhamos para melhorar a qualidade de vida da população. Muitas coisas já foram feitas, mas ainda há muito o que se fazer no nosso Estado”, ponderou o engenheiro.

 

MINHA CASA, MINHA VIDA – Um trabalho em parceria com governo, instituições financeiras e empresas que vem se mostrando harmônico, de acordo com os empresários, é o programa “Minha Casa, Minha Vida”. Nele, instituições consideradas antagônicas, ora colaboram entre si em prol de um bem maior: a entrega de unidades habitacionais para uma massa de trabalhadores de baixa renda do Acre.

Para este ano, está prevista a entrega de 2.895 unidades. A ideia, segundo os empresários, é que mais 8 mil sejam entregues nos próximos quatro anos. “Toda a cadeia produtiva industrial tem o setor da construção civil como base. É ele que aquece os demais segmentos, fortalecendo a economia acreana. A atuação da iniciativa privada é de fundamental importância para o desenvolvimento do País”, finalizou João Francisco Salomão, presidente da FIEAC, e moderador do último debate do dia.

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