Vídeo flagrou momento em que dois policiais agrediam o acusado de cometer um assalto
O inquérito interno instalado pela Polícia Militar do Acre (PM/AC) foi concluído no final desta semana e constatou a falta disciplinar e crime em potencial na conduta de 2 sargentos. O procedimento foi aberto no dia 15 deste mês, após divulgação do vídeo em que os 2 policiais aparecem agredindo um homem algemado e sem esboçar reação à prisão. O inquérito foi finalizado em tempo recorde, ouvindo os acusados, os demais policiais presentes (que foram absolvidos), o repórter que gravou a cena e o sujeito agredido.
A vítima do vídeo é Valdir Félix Correia Jr., que foi preso também no dia 15, quando teria cometido um assalto na frente de um banco e, por engano, entrado no carro de guardas do Bope na sua fuga. Os 2 sargentos acusados não tiveram seus nomes divulgados pela PM. Eles estão afastados da corporação temporariamente, desde o fato.
De acordo com o comandante geral da Polícia Militar, cel. José dos Reis Anastácio, o inquérito – já com a homologação do Comando da PM – segue agora para o visto da Justiça. Em seguida, vai para a apreciação do Ministério Público Estadual (MPE), para a Coordenadoria de Controle Externo das Polícias. Fica a critério do MP decidir, com base no relatório da investigação da polícia e das evidências prévias (ex: vídeo), se oferece denúncia para impetrar algum tipo de ação penal contra os 2 sargentos.
No âmbito interno da PM, o comandante José Anastácio afirma que os 2 acusados serão penalizados por transgredir o regimento administrativo da corporação. Segundo ele, a punição à dupla ainda está sendo discutida, com a ajuda da Sejudh. “Não queremos aplicar uma punição equivocada no momento. Vamos deliberar sobre isso com a devida atenção. Uma injustiça já foi cometida até aqui, portanto, não queremos que uma decisão errada da nossa parte crie duas injustiças”, diz.
As penalidades previstas para faltas administrativas da PM, são: rebaixamento de patente, suspensão e até prisão disciplinar, dentre outras. Mas a punição maior deve partir da Justiça!