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Mercado da capital está sem farinha

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Um dos alimentos mais típicos da região, a farinha de mandioca, está faltando nas prateleiras dos supermercados de Rio Branco. A prefeitura, que já regionalizou a merenda escolar, está importando o produto de outros Estados. O abastecimento depende do principal fornecedor, a região do Vale do Juruá, que está isolada por causa do fechamento da BR-364.

“A produção do nossa região é insuficiente para abastecer o mercado. Para se ter uma ideia, o saco de 50 quilos está custando cerca de  R$ 60,00 nas feiras”, disse o secretário municipal de Agricultura, Mário Jorge Fadel. Ele informou ainda que o abastecimento estará normalizado somente no mês de maio. “A colheita do milho substitui um pouco a ausência da farinha”, amenizou Fadel.

Desde 2009, o Governo do Estado e a Prefeitura de Rio Branco investiram cerca de R$ 2,4 milhões em projetos de instalação de casas de farinhas no Vale do Acre. “Não adianta rigor na higienização da colheita, torragem e embalagem se não tiver o produto para abastecer aquelas casa de farinha”, critica o agricultor do projeto de assentamento Moreno Maia, João Mendes. Ele se queixa das “péssimas condições dos ramais da Estrada Transacreana”.

A cultivo da mandioca, de acordo com a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), tem 25% de participação na renda da agricultura familiar, além de fixar o homem no campo. Pesquisas da Empresa Brasileira Agropecuária (Embrapa) apontam a viabilidade econômica no Acre, principalmente para a produção de fécula (amido).

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