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Mulheres participam de Encontro de Empreendedoras Rurais no Acre

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Mulheres trocam experiências e aprendem como administrar atividades que desenvolvem

Mulheres de Senador Guio-mard, Capixaba e Cruzeiro do Sul se juntaram a trabalhadoras de outros quatro municípios no primeiro Encontro das Empreendedoras Rurais do Acre, realizado ontem em Rio Branco. Elas vieram de ramais, comunidades ribeirinhas e de florestas trocar experiências e aprender como administrar melhor as atividades econômicas que já desenvolvem.
Em torno dessas mulheres empreendedoras, um grupo de técnicos de cinco secretarias de Estado dispostos a ouvir e identificar as necessidades primárias destes pequenos negócios rurais, para que possam enfrentar os desafios de crescer e gerar emprego para um número maior de pessoas.

As mulheres da Associação das Produtoras de Biscoitos da Vila Assis Brasil de Cruzeiro do Sul produzem em torno de 8 quilos de biscoitos de goma por mês. Mas o cálculo não é exato. O produto típico da região gera trabalho e renda para 37 pessoas e às suas famílias, mas elas querem saber como podem profissionalizar a atividade e fazer da atividade um negócio mais lucrativo e organizado.
Lucimar e Joelma Cavalcante, mãe e filha, apostam no potencial dos cinco sabores que criam e sonham em ver realizado o projeto de uma fábrica que será construída com recursos federais. Saber quantos quilos de biscoito produzem e quanto podem produzir foi o motivo que a trouxeram à Capital para participar do encontro. “Esse biscoito tem rentabilidade para todas, mas queremos estabilidade e mais conhecimento”, diz Joelma.

As secretarias de Política para Mulheres, de Pequenos Negócios, de Saúde, de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar e de Florestas, com apoio da Federação dos Trabalhadores Rurais do Acre (Fetacre), também aprendem com estas iniciativas empreendedoras e partem para a elaboração de um levantamento que irá desenhar o perfil destes pequenos negócios rurais. Para a economista Vera Gurgel, da Seaprof, estas mulheres já são em-preendedoras e o encontro serve para direcionar idéias e ferramentas para que elas possam melhorar os pequenos negó-cios já em desenvolvimento.
É o caso das 41 mulheres do grupo Renascer que trabalham na produção de doces e xaropes caseiros na comunidade Zaqueu Machado, em Capixaba, e das 20 moradoras da comunidade Petrolina, na Estrada Limeira em Senador Guiomard, localidade que tem na produção de leite sua maior fonte de renda.

Para duas delas, Valdete Pereira e Cristiane Altino, casadas e com filhos pequenos, a oportunidade de trabalhar em casa e ter dinheiro para as próprias despesas e da família estimula a buscar conhecimento e novas técnicas de empreendedorismo para garantir a sustentabilidade do negócio.

Elas, que encontraram na confecção de biojóias uma alternativa à lida no roçado, pretendem integrar mais mulheres no projeto e crescer. “É isto o que estimulamos. É só isso o que falta para elas: conhecimento. Por isso, firmamos parceria com as principais secretarias para que estas informações sejam repassadas a elas”, explica Sebastiana Miranda, presidente da Fetacre.

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