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Mulheres vítimas de violência terão mais assistência a partir de uma rede de atendimento especializada

Uma rede de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica e sexual começou a ser criada há 9 anos e agora passa por um processo de rearticulação no Acre. Para fortalecer o debate e o papel de cada instituição envolvida, um seminário está sendo realizado até hoje (17), no auditório da Escola Campos Pereira. Na abertura, ontem, foi lançado material gráfico da rede, com o objetivo de divulgar e esclarecer o fluxo de atendimento dos profissionais às mulheres vítimas de violência e um selo indicando os serviços disponíveis e os locais onde buscar ajuda na hora em que for necessário.
Em março, a Reviva lança um protocolo com os procedimentos padrões e que deverá ser empregado por toda a rede.

A finalização deste documento está sendo formatado durante o seminário. O articulador das políticas públicas que garantem o direito de amparo destas mulheres é o Comitê Gestor, composto pela Secretaria de Política para Mulheres, Coordenadoria da Mulher de Rio Branco, 13ª Promotoria de Justiça Criminal do MPE, Defensoria Pública, Vara da Violência Doméstica e Familiar, SEDSS, Secretarias de Saúde do Estado e do município, Sesp, Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Rio Branco.
A socióloga Maria José de Souza, da Rede Mulher de São Paulo, oferece consultoria técnica e monitora as ações da Reviva desde 2006 identificando os passos dados até agora e apontando as soluções para os obstáculos que precisam ser superados para a eficácia do sistema de atendimento às mulheres.
Ela ressalta que é preciso que os profissionais de toda a rede estejam preparados para atuar de forma única dentro das normas indicadas pelo Ministério da Saúde para acolher as mulheres que sofreram agressões físicas ou sexuais.

“O protocolo define justamente estes procedimentos para que os profissionais de diferentes áreas atuem de forma sistemática. É uma ação combinada e que precisa funcionar”, explica a socióloga.
Nos municípios redes de atendimento às mulheres vítimas de violência também serão discutidas e deverão ser criadas a partir deste ano. A que está em fase mais adiantada é a que abrange a região do Vale do Juruá, a Reviver.

Os mapas que guiam todos os caminhos a percorrer e as instituições preparadas para socorrer quem sofreu abusos, violência física ou sexual estarão dispostos tanto nos órgãos competentes como em locais públicos com grande fluxo de pessoas. “A mulher não tem a obrigação de saber de tudo isso, já que ela não presume quando será vítima de violência. É preciso divulgar”, diz Maria José Souza.

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