Segundo Adriana Evangelista, diretora do Departamento de Assistência à Saúde da Semsa, a medida não visa martirizar a médica
APrefeitura de Rio Branco, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), instaurou uma sindicância administrativa interna para apurar o incidente no Barral y Barral do último sábado (19), quando 2 médicas do plantão da manhã chegaram atrasadas. Uma delas (Eliene Alves) teria discutido com o deputado Jamyl Asfury, que aguardava atendimento ao seu filho. Por ordem do titular da Semsa, Osvaldo Leal, a médica envolvida no ‘bate-boca’ foi afastada temporariamente do posto. Eliene Alves prestava serviços junto ao governo e à prefeitura.
A sindicância foi aberta na segunda (22) e tem prazo de 30 dias para ser concluída. Nela, contam-se todos os procedimentos administrativos cabíveis para a investigação completa do episódio. Cabe à equipe da sindicância receber um relatório do caso, fazer suas avaliações e indicar as normas administrativas que foram (ou não) transgredidas pela médica, assim como suas penalidades. Além do inquérito interno, a Semsa também reportou o fato com pedido de abertura de outra sindicância para a conduta da médica, junto ao CRM do Acre.
Segundo Adriana Evangelista, diretora do Departamento de Assistência à Saúde (DAS) da Semsa, a medida não visa martirizar a médica, mas sim constatar se sua atuação foi ou não imprópria.
A respeito da atitude de Eliene Alves (que teria dirigido ofensas ao deputado), Adriana Evangelista preferiu não fazer taxações de ‘certo’ ou ‘errado’. Ela apenas ressaltou que a prefeitura, junto ao governo, vem se organizando para cobrar de todo seu quadro profissional (não só os médicos) um tratamento de respeito e dedicação para todos os atendimentos da rede pública. A diretora também fez o apelo para que a população ajude em tal iniciativa, sendo paciente e tratando os profissionais com respeito, em especial, neste início de reformulações.
“No sábado retrasado, com estas mesmas médicas plantonista, 2 rapazes estacionaram suas motos dentro do Barral e invadiram a sala onde elas atendiam, colocando a mão na cintura para intimidá-las com a ameaça de armas. Tudo para serem atendidos logo. Portanto, as pessoas precisam entender que os médicos são pessoas, suscetíveis a um conjunto de fatores (problemas pessoais, pressões no trabalho, dias ruins, etc), e os profissionais também devem se colocar mais no lugar do paciente”, completa