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Saúde contabiliza 16 casos de leptospirose em 60 dias

Somente nos meses de janeiro e fevereiro o setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) registrou 16 casos de leptospirose em Rio Branco. Em 2010, foram confirmados 36 casos. O aumento do número de notificações, de acordo com a chefe do setor, Mônica Moraes, é por causa dos diagnósticos negativos de dengue. “Os casos não confirmados da endemia são encaminhados para a verificação da leptospirose”, disse, explicando que os sintomas das duas doenças são muito parecidos.

Como o período de intensificação das chuvas ainda não começou, a Semsa vai lançar uma campanha para esclarecer os perigos da zoonose. “A leptospirose é mais grave do que a dengue, uma vez que ela ataca os rins das pessoas infectadas. E a bactéria resiste até 180 dias em ambiente propício”, alertou um dos responsáveis pelo setor de controle, Ericsson Castro.   
O acúmulo de lixo em terrenos baldios e exposição de alimentos em locais inadequados são, segundo Castro, os principais fatores para a contaminação. “Ao menor sinal da presença de ratos, lave o local com água sanitária”, alertou. Ele disse, ainda, que já existem registros de contaminação através de cães.

A leptospirose é uma doença grave, transmitida pela urina de roedores, especialmente o rato. A pessoa ‘pega’ a doença quando entra em contato com água, lama, esgoto, fossa ou vegetação contaminada. Os sintomas aparecem em média de 7 a 15 dias após o contato com bactéria. Os principais são: febre alta, dores de cabeça, dores musculares (principalmente na panturrilha) náuseas e vômitos, icterícia (amarelão) alterações na urina e hemorragias.

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