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Briga entre Florindo Poersch e Moisés Diniz sai do twitter direto para esfera parlamentar

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As divergências entre o presidente da seccional acrea-na da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o líder do governo na Aleac, o deputado Móises Diniz, partiram do Twitter direto para a esfera parlamentar. O que teve início com uma postagem na rede social terminou como o assunto de maior rebuliço na sessão de ontem (17) da Assembléia Legislativa. O que deveria se tratar sobre as trágicas perdas de vidas no Japão acabou se transformando num conflito maior de jogos políticos e alfinetadas entre os representantes das duas instituições.

 

Tudo começou na terça (15), quando o presidente da OAB postou na sua conta do Twitter a mensagem: “No Japão, como é que sabem quem está desaparecido? São todos iguais”, seguido de risadas eletrônicas (rs). O comentário ganhou repercussão nacional, e foi daí que o deputado acreano do PCdoB entrou na história! Assim como parlamentares de todo país, Diniz foi crítico para tecer sua resposta: “Pobre OAB do Acre! Vergonhoso, deprimente e lastimável” e opinou que Florindo deveria se desculpar ou renunciar ao seu mandato na ordem.

Poersch se arrependeu do seu ato, deletou o tweet e, 1 dia depois (quarta), fez um pedido pessoal de desculpas públicas. A questão poderia acabar por aí, mas se estendeu!
Florindo também redigiu um artigo insinuando que Moisés teria aproveitado de seu erro “maldosamente” e ofendido toda a classe advocatícia acreana. Na manhã de ontem (17), na Aleac, o deputado voltou a tratar do assunto, negando tais acusações. Foi o estopim para ressurgirem novas estocadas e questões acima das condolências de ambos. Florindo se dirigiu à Casa legislativa com cópias do seu artigo e dos posts no blog onde Diniz teria feito alguns comentários.

De um lado, o advogado prometeu estudar as declarações do deputado para, se for cabível, até ajuizar ação contra o político. Do outro, Moisés Diniz não se intimidou pela ameaça e clamou que não se retiraria da ‘luta’. Como nenhum dos dois deu o braço a torcer, a tensão foi tomando conta e se tornando o centro das atenções na Aleac, ofuscando as outras discussões da Casa. Se os dois ‘adversários’ tivessem se chocado ‘cara a cara’ naquela hora, era provável que tivesse havido um ‘troca-troca’ maior de ofensas e acusações.

Mantendo a assembléia como uma verdadeira arena ideológica, o conflito dos dois trouxe a presença de mais autores (para defendê-los e atacá-los), tal como um grupo independente de advogados e o de oposicionistas de Poersch na OAB, liderado pelo defensor público Waldir Pe-razzo. O defensor repudiou toda a atitude do presidente atual da ordem acreana.
Com um ambiente ficando mais e mais pesado, Moisés Diniz preferiu ser sensato e deu uma trégua nos seus comentários sobre o assunto. Já Florindo Poersch, perante a presença de seus rivais da ordem, também preferiu economizar afrontas e preferiu se retirar da Aleac. E assim foi finalizado mais um round da ‘batalha’. Cabe agora saber se os próximos dias marcarão novos embates entre os dois, ou se o luto pela tragédia japonesa – que com certeza é maior do que tudo isso – voltará a ser o foco principal desta história.

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