Deputados escutaram candidatos prejudicados no vestibular 2011 da Ufac
Somente ontem, em encontro com 4 dos 207 candidatos ao Vestibular 2011 da Universidade Federal do Acre que compareceram à reunião convocada pelo deputado Éber Machado (PSDC), os parlamentares tiveram acesso aos detalhes dos problemas ocorridos no dia da prova do concurso. Eles souberam, por exemplo, que a maioria dos que foram barrados por apresentar carteiras de identidade com data de validade vencida haviam feito as provas do primeiro dia do vestibular. Este fato, segundo eles, torna o episódio ainda mais grave.
Os deputados convidaram a reitora Olinda Batista para que na sessão desta terça-feira, dia 22, ela justifique os motivos pelos quais os candidatos foram lesados e tentar encontrar uma solução para reduzir os danos causados.
Raylanderson Frota, Adria-na Souza, Sanaira Lessa e Sabrina de Souza relataram que muitos policiais chamados para retirar os candidatos das salas de aula se recusaram a fazê-lo. Dois deles teriam fornecido seus números de telefone para servir como testemunhas caso os jovens resolvessem mover um processo contra a universidade federal.
O deputado Ney Amorim afirmou que a reunião foi para dar desdobramentos do caso. Esta é segunda vez que a Aleac discute o assunto. A primeira foi para garantir o direito dos 2.030 aprovados de iniciarem o semestre letivo após ação do Ministério Público Federal que determinou a suspensão das aulas para os calouros até que houvesse resolução para os candidatos que foram prejudicados.
O presidente da comissão de Educação da Aleac, o deputado Jamil Asfury declarou que se somente os 4 candidatos desejarem lutar pelo direito de realizar uma nova prova, a Assembléia apoiará a causa. “A atitude da universidade foi um desrespeito muito grande. Nós havíamos feito a primeira prova. Somente no segundo dia, os fiscais foram informados sobre a validade dos documentos. Não é justo”, diz Sanaira Lessa que já ingressou em uma universidade particular para não perder o ano.
Durante a reunião, o grupo decidiu convidar a reitora Olinda Batista para explicar, na sessão da próxima terça-feira, a decisão do Conselho Universitário de vetar a realização de um novo concurso mesmo depois de a universidade haver se comprometido que iria fazê-lo.