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Deputados vão à Ufac interceder pelos 207 prejudicados

16-03-2011g_14
Walter Prado criticou Ufac

O clima de revolta tomou conta da maioria dos deputados ontem, na sessão da Assembleia Legislativa (Aleac). Amanhã, eles vão receber os 207 candidatos prejudicados no vestibular 2011. Também decidiram que sairão em comitiva rumo à Universidade Federal do Acre (Ufac). O Conselho Universitário da instituição optou em não aplicar novas provas, rompendo um acordo firmado dias antes. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu à Justiça Federal, em Brasília.

Enfático, o deputado Walter Prado (PDT) se diz envergonhado com a postura da Ufac. Ele saiu em defesa dos membros do MPF, chegando a propor uma moção de apoio ao procurador da República, Ricardo Gralha. “Essa foi uma conduta desrespeitosa, injusta e desleal”, disse ele, que aproveitou a oportunidade para criticar o Instituto de Identificação, que expediu carteiras de identidades com prazos a expirar. “Onde já se viu o ser humano ter prazo de validade”, completou Prado.

Quanto ao rompimento do acordo, o deputado se sente ‘traído’ porque foi um dos mediadores para pôr fim ao impasse. “Tudo poderia ter terminado bem, uma vez que foi encaminhado um acordo, considerado positivo para todos os envolvidos. Seriam preservados os direitos dos alunos aprovados no certame e também dos 207 candidatos, que não puderam fazer a prova devido a um edital equivocado. Nessa reunião, os representantes da Ufac mentiram”, disparou o deputado.

O líder do governo na Casa, Moisés Diniz (PCdoB), também criticou a decisão e afirmou que a instituição precisa passar uma reforma universitária. “A Ufac é composta por feudos e o conselho universitário e a junção de todos esses feudos”, disse Diniz, considerando a universidade “desconectada com a realidade”.

Tendo por base uma Ação Civil Pública, o MPF apontou uma série de irregularidades e considerou ‘culposa e inadequada’ as condutas da Ufac, ocorridas nos dias 14 e 15 de novembro do ano passado, durante a realização das provas. O juiz federal Alexandre Laranjeira suspendeu o concurso, reformando decisão do também juiz Jair Fagundes, que havia mantido o vestibular.

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