Brasília – A Amazônia perdeu 63 quilômetros quadrados (km²) de floresta em fevereiro, de acordo com os números do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgados ontem (23) pela organização não governamental Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Na comparação com fevereiro de 2010, quando os satélites registraram 87 Km², houve redução de 28% no ritmo da devastação.
No entanto, por causa da cobertura de nuvens, os dados podem estar subestimados. Em fevereiro, foi possível observar apenas 12% da Amazônia Legal. Em estados como Pará, Amazonas e Mato Grosso, as nuvens cobriram 90% do território.
Rondônia foi o estado que mais desmatou a Amazônia em fevereiro, com 36 km² de floresta a menos (56% do total derrubado no período). No Pará, os satélites registraram 19 Km² de novos desmates, em Mato Grosso, 7 Km² e em Roraima, 2 Km².
Além do corte raso (desmatamento total), o levantamento do Imazon também mede a degradação florestal, que considera florestas intensamente exploradas por atividade madeireira ou atingidas por queimadas. Em fevereiro, a degradação avançou 113 km², área 14% maior que a registrada no mesmo mês de 2010, de 99 Km². O estado com maior área degradada no período foi Rondônia, com quase 74% do total registrado.
O Imazon estima que o desmatamento em fevereiro provocou a emissão de 4,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente – medida que considera todos os gases de efeito estufa.
O monitoramento oficial do desmatamento da Amazônia é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No período crítico de chuvas na região, que vai de dezembro a março, o instituto não divulga relatórios mensais. (Agência Brasil)