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Faturamento da indústria começa ano de 2011 em queda, diz CNI

O faturamento da indústria, que registrou alta recorde de 10% em 2010, iniciou este ano em baixa, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (14) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior, a queda foi de 1,3%.
Desde outubro do ano passado, resultados negativos, no faturamento da indústria, têm aparecido com mais frequência. Foram registradas quedas em outubro, dezembro e em janeiro deste ano.
Na comparação com janeiro de 2010, houve um aumento de 7,9% no faturamento industrial, um ritmo abaixo do registrado no ano passado. A CNI observa, porém, que a base de comparação é alta no ano passado.

“Isso é normal [queda de dezembro para janeiro]. Você está saindo de um mês em que ainda leva muito do aquecimento da demanda usual de fim de ano e entrando nesses primeiros meses de ano que são mais moderados. A atividade industrial começou o ano de 2011 crescendo. O único resultado negativo é o do faturamento”, disse o economista da CNI, Flavio Castelo Branco.
Emprego industrial – Apesar da queda no faturamento, os números da CNI mostram que a indústria começou este ano contratando. Na comparação com dezembro do ano passado, o emprego industrial

avançou 0,2%. “A indústria continuou contratando, mesmo que em ritmo mais lento. Nos últimos 18 meses, o emprego só recuou em outubro de 2010”, informou a entidade.
Horas trabalhadas – No caso das horas trabalhadas na produção (indicador relacionado com a produção do setor), a CNI informou que houve uma expansão de 0,6% em janeiro deste ano, contra dezembro de 2010. “Mesmo com esse aumento, o indicador ainda se mantém 3,3% inferior ao patamar pré-crise (setembro de 2008)”, informou a CNI.

Uso do parque industrial
O nível de uso do parque da indústria (conhecida como utilização da capacidade instalada) somou 82,6% em janeiro deste ano, informou a CNI, com aumento de 0,2 ponto percentual frente a dezembro (82,4%). De acordo com a entidade, essa alta recupera a perda da mesma magnitude registrada em dezembro do ano passado. Acrescentou que, frente a janeiro de 2010, o uso do parque fabril cresceu 1,4 ponto percentual.

A preocupação de economistas é de que um alto nível de uso do parque fabril possa gerar remarcação de preços, pressionando a inflação. Para a CNI, entretanto, esse quadro ainda não está acontecendo.
“Na verdade, a indústria trabalhou em 2007 e 2008 com níveis elevados de uso da capacidade,  próximos a 83%, que é a média que está trabalhando agora. Se você olhar para a evolução, os preços industriais têm tido comportamento favorável, abaixo do centro da meta [de inflação, de 4,5%]. A origem das pressões inflacionárias recentes estão nas ‘commodities’ [produtos básicos com cotação internacional, como alimentos, aço e petróleo] e nos serviços, e não no setor industrial”, avaliou Castelo Branco. (G1)

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