O deputado Flaviano Melo (PMDB) disse, ontem em Brasília, que vai acompanhar os novos prazos estipulados pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, em relação às obras da ponte do Rio Madeira (próximo ao Abunã) que divide os estados do Acre e Rondônia. Em reunião na semana passada com os senadores do Acre e Rondônia, o ministro garantiu que os recursos para a obra estão assegurados no Programa de Aceleração do Crescimento II (PAC II) e adiantou que o prazo para realização de novo projeto e a licitação da ponte do Madeira será de nove meses. “Vamos acompanhar atentamente os prazos anun-ciados pelo ministro para evitar novos atrasos nas obras”, disse Flaviano.
Ainda no ano passado, o deputado acreano foi autor na Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara dos Deputados de uma emenda aprovada no Orçamento da união para 2011 na ordem de R$ 30 milhões para a ponte do Madeira. Este valor, somado com a emenda de bancada do Estado de Rondônia, resultou num montante de R$ 56.279.237,00 a serem alocados para as obras. Flaviano lembrou que a construção da ponte do Madeira é essencial já que vai livrar o Acre da dependência das balsas que, durante a estiagem, provocam filas de caminhões de cerca de seis quilômetros de extensão e mais de 12 horas de espera para seguir viagem afim de abastecer o Estado de gêneros alimentícios e demais mercado-rias. “A ponte vai ligar definitivamente o Estado ao resto do país e garantir tráfego contínuo o ano inteiro”, disse o deputado.
O projeto original da ponte, feito em 2000, foi contestado pelo Tribunal de Contas da União e pela Marinha do Brasil uma vez que não levou em conta a construção da hidrelétrica de Jirau. O vão da ponte não tinha altura suficiente para permitir a navegação no período de cheia (mínimo de 12 metros da lâmina d’água) e a extensão da ponte ficou com 200 metros a menos. Foram ainda detectados problemas como falta de sondagem e mensuração nos custos da obra. Por isto mesmo, de acordo com o ministro, a obra vai sofrer um atraso de cerca de um ano. Alfredo Nascimento, no entanto, prometeu para esta semana a edição de um novo edital com as especificações corretas. Para Flaviano, os prazos garantidos oficialmente em público pelo ministro já são uma esperança, “de um Estado que vê na conclusão da obra uma verdadeira redenção socioeconômica para toda a população”. (Assessoria)
