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Parlamentares acreanos não querem mais a entrada de haitianos

Outro assunto que esquentou o clima de debates, ontem, na Aleac, se refere à entrada dos haitianos pelas fronteiras do Acre. Quem levantou o tema foi o deputado Walter Prado (PDT) que sugeriu que seja feita uma audiência pública em Brasiléia para resolver a questão.  “Temos que elaborar um documento para encaminharmos à Justiça Federal. É preciso saber o que está acontecendo com os haitianos nas nossas cidades”, salientou.
Astério Moreira (PRP) também entrou no debate pedindo que seja proibida a entrada dos haitianos nesse momento no Acre. “Estou me posicionando contrário à entrada nas condições atuais em que se encontra a prefeitura de Brasiléia que não tem mais como suportar o número de pessoas que estão chegando. O Governo Federal precisa agir. Nas circunstâncias atuais o melhor é proibir a entrada”, argumentou.
Outra questão levantada por Astério se refere a AIDS. “É preciso avaliar os haitianos que possam estar contaminados com AIDS. A situação é preocupante dadas as condições da cidade. É preciso fazer um cadastramento sócio-econômico. Não podemos simplesmente criar um campo de concentração de refugiados com pessoas jogadas a própria sorte”, protestou.

Também a maneira como os haitianos chegam ao Acre deveria ser investigada. Para Astério pode estar havendo a ação de “coiotes”, intermediários para a imigração ilegal. “As informações é que estão vindo pela Costa Rica e pagando de 10 a 15 mil dólares para poder dar entrada no Brasil. Essa é uma ação criminosa contra os haitianos que estão vindo. Os governos do Brasil, do Peru e da Bolívia precisam discutir a questão”, garantiu.

Fogo Amigo
O deputado Edvaldo Souza (PSDC) revelou o seu ponto de vista sobre os haitianos. “A entrada de estrangeiros devem acontecer de acordo com a legalidade. Nesse caso acho que já temos muitas preocupações com as condições sociais e humanas com moradores de bairros periféricos de Rio Branco como o Caladinho para ficarmos preocupados com os haitianos”, afirmou.

Nesse momento Walter Prado pediu um aparte. “Acho deputado que essas questões nós já tratamos no dia-a-dia. O senhor pode perfeitamente ajudar nas questões sociais da periferia e também dos haitianos. Resolver problemas como a compra de votos que soube ter acontecido no Caladinho”, ironizou.

Edvaldo Souza respondeu: “Eu não comprei votos na eleição. Mas acho que deveria haver uma investigação bem apurada para saber o que aconteceu no Caladinho e em outros lugares do Acre”, contestou.

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