Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Prefeitura mobiliza comunidade no Dia de Luta Contra a Tuberculose


Técnicos da Semsa realizam atividades de enfrentamento à doença que apesar da incidência estar caindo  em Rio Branco ainda continua perigosa

A Prefeitura de Rio Branco realiza durante toda esta semana  atividades do Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculosa. Com organização da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o objetivo é conscientizar a população para fortalecer o controle social da tuberculose e  acabar com o mito de que essa é uma doença que só afeta aos pobres, além do estigma ou preconceito que impede o seu diagnóstico e a adesão ao tratamento. Enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de Saúde e outros profissionais da área de saúde irão desenvolver uma série de atividades educativas durante toda a semana. No encontro, serão esclarecidas as principais dúvidas sobre formas de contágio da doença e alertar os pacientes para a importância de seguir o tratamento até o final.


Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um terço da população mundial está infectada com o Mycobacterium tuberculosis, com risco de desenvolver a enfermidade. Todos os anos são registrados por volta de 9 milhões de novos casos da tuberculose em todo mundo. No Brasil, estima-se que mais de 57 milhões de pessoas estão infectadas pelo bacilo da tuberculose. Por ano, no país, são notificados aproximadamente 72 mil novos casos e 5 mil mortes em decorrência da doença.


Em Rio Branco, a  Coordenação do Programa de controle da Tuberculose mostra que, em 2008, foram registrados 49,1 novos casos de tuberculose para cada 100 mil habitantes; em 2009, 34 casos/ 100 mil hab.,  e em 2010, 28,2  casos/100 mil hab. A falta de informação ainda é uma dos principais desafios no controle da tuberculose, doença  que tem cura  mas ainda provoca mortes no Brasil. As atividades do dia mundial contra a doença se estendem até esta quinta-feira, 24. Agentes abordam as pessoas em locais de grande fluxo de pedestres para prestar informações sobre a doença e alertar a população em geral sobre os sintomas, fatores de risco,prevenção, tratamento, diagnóstico e a importância de se ter um diagnostico precoce, contribuindo para a melhoria  do tratamento e à conseqüente redução da incidência e mortalidade.


Realizada por profissionais das Unidades Básicas de Saúde, que oferecerão aos visitantes, além de orientações sobre a doença, ações e serviços, como vacinação, verificação de pressão arterial, realização do teste de glicemia capilar, testes para HIVe distribuição de material informativo. Descoberta em 1882 pelo bacteriologista inglês Robert Koch, a bactéria Mycobacterium tuberculosis, também chamada de Bacilo de Koch, é o agente responsável por um dos principais problemas de saúde pública mundial: a tuberculose. A doença, que mata por ano cerca de 1,7 milhão de pessoas no mundo, recebe atenção especial nas Unidades de Saúde do município de Rio Branco.

População deve ficar alerta
Segundo  a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um terço da população mundial está infectada com o Mycobacterium tuberculosis, com risco de desenvolver a enfermidade. Todos os anos são registrados por volta de nove milhões de novos casos da tuberculose em todo mundo. No Brasil, estima-se que mais de 57 milhões de pessoas estão infectadas pelo bacilo da tuberculose. Por ano, no país, são notificados aproximadamente 72 mil novos casos e cinco mil mortes em decorrência da doença.


Desde o surgimento da Aids, no início da década de 1980, o número de casos aumentou significativamente. No Brasil, nos últimos anos, são registrados cerca de 50 casos para cada 100 mil habitantes (estimativa). A situação nas regiões Norte e Nordeste é mais grave. A doença também registra incidência elevada em locais como prisões, lares de idosos e quartéis.

Ar contaminado transmite doença
Geralmente, se pega a doença pelo ar contaminado eliminado pelo indivíduo com a tuberculose nos pulmões. A pessoa sadia inala gotículas, dispersas no ar, de secreção respiratória do indivíduo doente. Este, ao tossir, espirrar ou falar, espalha no ambiente as gotículas contaminadas, que podem sobreviver, dispersas no ar, por horas, desde que não tenham contato com a luz solar. A pessoa sadia, respirando no ambiente contaminado, acaba inalando esta microbactéria, que se implantará num local do pulmão.


Em poucas semanas, uma pequena inflamação ocorrerá na zona de implantação. Não é ainda uma doença. É o primeiro contato do germe com o organismo (primoinfecção). Depois disso, a bactéria pode se espalhar e se alojar em várias partes do corpo.

Sinais e sintomas
Tosse persistente que pode estar associada à produção de escarro, com presença ou não de sangue


– Febre


– Suor excessivo à noite


– Perda de peso


– Perda do apetite


– Fraqueza


Tratamento
O tratamento da tuberculose é padronizado no Brasil. As medicações são distribuídas pelo sistema de saúde, através das Unidades de Saude. O tratamento inicial (preferencial) chama-se RHZE e inclui quatro medicações: Rifampicina(R), Isoniazida(H),Pirazinamida(Z) e Etambutol(E). É muito eficaz. A cura usando o esquema por seis meses, que é preconizado pelo sistema público de saúde, aproxima-se de 100% quando a medicação é utilizada de forma regular, ou seja, todos os dias.


Geralmente, o tratamento dura seis meses, mas, em casos especiais, pode ser mais longo. Dentre os efeitos indesejáveis mais frequentes causados pelas medicações contra tuberculose estão a náusea, vômitos e dor abdominal. Nestes casos, o paciente deverá comunicar seu médico.

Prevenção
Para uma boa prevenção, o mais importante é detectar e tratar todos os pacientes bacilíferos, ou seja, todos aqueles com o bacilo de Koch nos pulmões (doentes).


Para isso, é muito importante um bom sistema público de controle da doença, para identificar precocemente os doentes, evitando que novos casos apareçam.


O doente durante as duas primeiras semanas de tratamento pode contagiar ainda outros indivíduos. Portanto, deve proteger a boca com a mão ao tossir ou espirrar.

Também deverá procurar não ficar próximo, principalmente em lugares fechados, às pessoas sadias. Estes são cuidados simples para que a doença não contamine outros indivíduos. (Assessoria)

Sair da versão mobile