Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Secretário de Segurança apresenta uma redução de homicídios de 58,33% no Acre

F._VICTOR_AUGUSTO_032
Secretário de Segurança, Reni Graebner, anunciou metas
Nos primeiros dois meses do ano houve uma redução de assassinatos no Acre. Foi o que revelou o secretário de Segurança Pública, Reni Graebner, durante visita À GAZETA. Segundo ele, no mês de janeiro de 2011 a redução foi de 19 para 10 homicídios e em fevereiro de 11 para 4. No entanto, Graebner garantiu que o modelo pré-estabelecido para a segurança no Governo Tião Viana (PT) ainda não foi todo implantado. “Toda a secretaria passa por processos de adaptação com a mudança de Governo, mas nós já conseguimos implantar novas mentalidades relativas ao modelo de gestão. Estamos estabelecendo procedimentos padrões”, afirmou.

O secretário atribui a outras experiências profissionais que vivenciou o sucesso inicial da sua gestão. “Felizmente trago uma experiência da Polícia Federal onde implantei a ISO e acabei sendo auditor o que me dá uma facilidade para conduzir o processo de modernização administrativa. Temos um plano de segurança pré-estabelecido. Tivemos a oportunidade de reunir todos os delegados regionais e comandantes da Polícia Militar das 10 regiões do Acre para eles estabelecerem as suas metas operacionais de uma forma dirigida. Temos que alcançar uma redução de 7% nos homicídios todos os meses. A cada 15 dias a ava-liação será feita com a presença do governador”, explicou.

Sensação de insegurança
Questionado sobre a alta taxa de criminalidade de meses anteriores, Reni avaliou que houve mudanças significativas. “O homicídio é o principal fator de avaliação da criminalidade no mundo inteiro. Mas estamos combatendo também os roubos e furtos. Pessoalmente, sinto que essa sensação de insegurança diminuiu. Ainda não tivemos tempo de colocar todas as metas em execução. Estamos orientando e capacitando os funcionários tanto da Polícia Civil quanto Militar para lançarem os dados de criminalidade para que possamos monitorar o dia-a-dia”, salientou.

A idéia do secretário é ter um controle total sobre tudo que acontece no Estado em relação à segurança pública. “As metas operacionais já foram escolhidas relativas às quantidades de blitz a serem realizadas, apreensão de entorpecente, as ameaças, etc. Nenhum boletim de ocorrência (b.o) poderá ficar mais na gaveta. Atribuo às reduções que já tivemos às ações planejadas do ano passado que estão continuando. Além disso, estamos injetando modalidades novas utilizando o Detran e a Polícia Federal, mas o nosso plano ainda não  está totalmente implantado”, relatou.

Fatores de criminalidade
O secretário comentou sobre o espectro social que interfere no combate à criminalidade. “Estamos atacando outros fatores da criminalidade. Como problemas sociais que o Estado tem que estar presente. A polícia está fazendo a sua parte reprimindo e prevenindo. As amplas fronteiras acreanas favorecem a vinda da pasta-base de cocaína, mas a Polícia Federal tem aumentado a sua fiscalização. Esperamos um projeto aprovado pelo Governo Federal de aumento de vigilância para inibir a entrada de drogas e armas por todas as fronteiras brasileiras. Como há uma mudança no Governo da Dilma (PT) só serão liberados recursos depois de uma avaliação dos resultados de projetos anteriores implantados. Houve uma grande liberação de recursos, mas os resultados não foram satisfatórios em outras gestões. Haverá uma cobrança mais técnica e muito investimento no Acre”, argumentou.

Concursos públicos e bônus
Graebner anunciou ainda alguns instrumentos para otimizar o trabalho dos policiais acreanos. “Queremos o envolvimento das polícias. Existe a possibilidade deles receberem um décimo quarto salário por alcançarem as metas. Também criamos uma política em relação à apreensão de armas. Será pago um valor aos policiais que apreendem as armas para evitar que haja vendas no paralelo. Assim vão trabalhar para atingir as metas. Isso já deu certo no Rio de Janeiro e em Pernambuco”, avaliou.  

O secretário também sinalizou para a possibilidade de novos quadros nas polícias do Acre. “A Polícia Civil está passando por uma carência de agentes. Tentamos aproveitar pessoas do último concurso público, mas não foi possível. Implantaremos outro para agentes e escrivães da Polícia Civil. Também estamos pensando em contratar através de concurso público mais policiais militares e bombeiros. Mas temos que saber qual a possibilidade de contratação do Estado porque o governador está preocupado em não gastar mais do que recolhe por conta da lei de responsabilidade fiscal”, admitiu.

Carnaval
Quanto ao sistema de segurança para o Carnaval, Graebner simplificou: “o trabalho é o mesmo dos anos anteriores. Na Capital, teremos mais de 250 policiais trabalhando na parte repressiva e preventiva. Toda a estrutura de polícia judiciária estará na área. A minha instrução é que as pessoas usem o bom senso porque quem se exceder ficará na delegacia. Se for caracterizado um crime terá que responder a processo, mas deverá ter uma tolerância maior porque é um momento de brincadeira e a gente espera que a própria população entenda isso”, finalizou.

Sair da versão mobile