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Questão de bom senso

É grave esse contencioso entre o Ministério Público Federal e o comércio de carne bovina no Estado, envolvendo produtores e frigoríficos. Questões sociais estão em jogo e por isso mesmo deve-se procurar as medidas do bom senso para resolvê-lo.

A rigor, estaria correto o MPF em cobrar dos frigoríficos o Termo de Ajustamento de Conduta (Tac), visando sempre a coibição do desmatamento ilegal e de outras práticas condenáveis como o trabalho escravo. Disso não se pode abrir mão e os órgãos fiscalizadores precisam agir sempre.

Contudo, depois de um período, de fato, predatório de suas florestas, o Acre resolveu grande parte dos seus problemas nos últimos anos. Os próprios pecuaristas entenderam e se adaptaram à legislação ambiental.

 Formou-se uma cadeia produtiva com pequenos e médios pecuaristas e me-didas draconianas podem trazer sé-rios problemas sociais ao Estado, como o desemprego, o desabastecimento, a inflação, a carestia.

Daí a necessidade de todas as partes envolvidas debaterem a fundo a questão e encontrar uma saída que não afrouxe a legislação ambiental e trabalhista, mas que não comprometa seriamente a economia do Estado. 

 

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