Em um dos melhores jogos do Campeonato Estadual Acreano, o Rio Branco FC conseguiu uma suada vitória contra um Plácido de Castro bem postado taticamente e com totais possibilidades da vitória sair para qualquer um dos lados. Com gols de Testinha e Juliano César, o Estrelão chega aos 13 pontos, enquanto o Plácido, do artilheiro Nilton Goiano (seis gols), permanece com quatro pontos.
Tal foi a entrega dos jogadores em campo que pelo menos dois jogadores do Rio Branco e um do Plácido de Castro, após terem sido feitas todas as substituições, tiveram que ficar na garra dentro de campo, mesmo sentindo dores. “É nesse momento que o jogador deve fazer um pouco a mais pela sua equipe”, disse Ismael, um que teve que ficar, mesmo sentindo.
As duas equipes terão um intervalo de 10 dias para recuperar todos seus jogadores antes de retornarem a campo pelo Estadual. Ambos jogam no dia 17, em rodada dupla no estádio Arena da Floresta. Plácido de Castro pega a Adesg, às 17h30, enquanto o Rio Branco joga o clássico contra o Atlético Acreano.
O lance da vitória, a penalidade máxima, anotada aos 12 minutos da etapa final, existe dúvida se realmente a falta iniciou dentro ou fora da área em cima de Araújo e cobrada por Juliano César. O árbitro Josimar Almeida atendeu o pedido do assistente Jean Carlos, que correu para a linha de fundo. No minuto final, por um bom momento a assistente Roseane Amorim ficou com a bandeirinha levantada, dando a entender que seria algo “externo” a saída ou impedimento, mesmo assim Josimar preferiu ignorar sua auxiliar.
Nos minutos finais o técnico Neneca e o atacante Marcelo Cabeção (este no banco de reserva) acabaram expulsos e por muito pouco os dois não acabaram em agressão física. O técnico Neneca disse que é comum, mas nada que resultasse em agressão. “É cada um procurando defender sua equipe”, afirmou, emendando reclamação, sim, na arbitragem. “Errou para os dois lados e isso não pode”.
Melhores lances
Jogo bem disputado, porém a melhor chance foi somente aos 30 minutos, em jogada iniciada por Testinha e cruzada rasteiro. Araújo, dividindo com o goleiro, acabou chutando a bola para fora. Se Araújo não fez, também não permitiu que o Plácido fizesse. Aos 33 minutos, Welinton deu excelente assistência para Diego que invadiu a pequena área, porém no momento do arremate, Araújo deu uma de zagueiro e evitou o que seria gol certo.
O gol sairia dois minutos após. Araújo fez o cruzamento, Wendel fez o corta luz e Testinha chegou completando para o gol. O goleiro Máximo ainda triscou, porém com força insuficiente para evitar a abertura do placar para o Rio Branco. O empate demorou apenas 10 minutos. Diego cobrou falta, Nilton Goiano subiu mais que toda a defesa do Estrelão, e cabeceou com estilo, no canto inferior esquerdo, deixando tudo igual.
As duas equipes retornam para a etapa final da mesma forma que terminaram a primeira: buscando o gol adversário. Rodrigão e Rafael por pouco não fizeram, Nilton também demonstrou perigo.
O lance capital saiu aos 11 minutos. Araújo arranca no contra ataque e acaba sendo derrubado por Ray Manaus, no entanto o lance iniciou fora da área e culminou dentro. Foi o bastante para o assistente Jean Carlos correr para a linha de fundo e Josimar Almeida correr para a marca da penalidade máxima. Juliano César cobrou com perfeição, não permitindo qualquer chance de defesa de Máximo.
Ficha técnica
Plácido de Castro 1×2 Rio Branco
Local: Arena da Floresta
Árbitro: Josimar Almeida
Gols: Testinha (35min/1ºt) e Juliano César (12min/2ºt) para o Rio Branco. Nilton Goiano (45min/1ºt) para o Plácido de Castro.
C.A.: Acreano, Ray Manaus e Anderson (Plácido de Castro). Wendel, Testinha, Araújo, Caniggia e Leonardo (Rio Branco).
Plácido de Castro – Máximo, Ray Manaus, Anderson, Welinton (Dennys), Acreano, Rogério, Batista (Renan), Diego, Nilton Goiano, Tiaguinho e Zico. Técnico: Neneca.
Rio Branco – André, Jonas (Canigia), Rodrigão, Rafael, Wendel, Ananias, Paulinho Pitbull, Ismael, Juliano César (Leonardo), Testinha (Wagner) e Araújo. Técnico: Ico.