Portadores de psoríase e vitiligo lutam para vencer o preconceito e discriminação, ao mesmo tempo em que enfrentam as doenças consideradas auto imunes. Parte deste trabalho de informação está sendo desenvolvido pela recém-criada Associa-ção de Portadores de Vitiligo e Psoríase Mãos Amigas, com palestras a diferentes públicos. Na tarde desta quinta, 250 alunos da Escola Lourenço Filho receberam esclarecimentos sobre as doenças, durante a realização da Semana da Saúde, uma oportunidade de divulgar os principais sintomas e buscar apoio na sociedade para diminuir o preconceito.
Criada em março, com um número expressivo de adesões, a associação tem o objetivo também de buscar informações sobre medicamentos, tratamentos e auxiliar as pessoas que encontram dificuldades em aceitar a própria doença. Tanto o vitiligo quanto a psoríase têm causas desconhecida. Médicos e pesquisadores trabalham com teorias. O vitiligo, por exemplo, é uma doença adquirida, que se caracteriza pela ausência de melanina na pele. Atinge cerca de 1% da população mundial. Na maioria das vezes, surge antes dos 20 anos de idade.
Genética e o sistema imunológico são algumas das teorias consideradas para as doenças, que não são transmitidas de pessoa para pessoa. No caso da psoríase, que apresenta mais de 8 formas distintas, a teoria mais aceita é a que considera fatores genéticos, mas questões emo-cionais (stress e traumas) são aceitos como situações causais.
O jornalista e vice-presidente da associação, Marcos Vicentti, portador de vitiligo diz que esta não é uma doença de pele, e sim uma doença emocio-nal. “Temos que vencer o preconceito. Quem tem vitiligo ou psoríase normalmente se isola e acaba não tendo acesso a informações importantes. Por isso, criamos o grupo. Quanto mais pessoas souberem como lidar melhor”, afirma. A Associação de Portadores de Vitiligo e Psoríase Mãos Amigas mantém um blog em que divulga pesquisas, reportagens, ações realizadas no Acre (vitiligoacre.blogspot.com).