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Copom prevê alta de 2,2% no preço da gasolina

 O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cedeu às evidências do mercado e previu que a gasolina terá inflação de 2,2% este ano, mas manteve a projeção de que não haverá aumento para o gás de botijão, ou gás de cozinha, como é mais conhecido.

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 De acordo com avaliação das tendências de inflação, expressa na ata divulgada hoje (28) pelo BC sobre a reunião que o Copom realizou na semana passada, o comitê manteve a perspectiva de reajustes acumulados de 2,9% para telefonia fixa e de 2,8% para eletricidade.

 O Copom reconhece também que no início do ano houve “concentração atípica” de reajustes de preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, educação, saúde, transporte público, saneamento e outros). Mas acredita que o comportamento desses preços tende a ser “relativamente benigno” no segundo semestre.

 O colegiado de diretores do BC estima que a inflação dos preços administrados deve encerrar 2011 em 4,3%, e não mais 4% como havia calculado na reunião realizada no início de março, e elevou de 4,3% para 4,4% a expectativa para 2012. Esse conjunto de preços teve peso de 28,83% na composição do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 Quanto às expectativas sobre o IPCA deste ano, o Copom cita o cenário de mercado, expresso na pesquisa semanal que a autoridade monetária faz com analistas de instituições financeiras para consultar tendências sobre os principais indicadores da economia. De acordo com a pesquisa, que origina o boletim Focus, a projeção de inflação no levantamento feito às vésperas da reunião do Copom indicava o IPCA de 6,29% no ano. Essa perspectiva foi elevada para 6,34% na pesquisa seguinte, divulgada na última segunda-feira (25).

 A ata do Copom não faz projeção de inflação. Cita apenas que a perspectiva elevou-se em relação ao valor considerado na reunião anterior, e se encontra acima do valor central de 4,5%, meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O BC mantém, portanto, a expectativa apontada no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado no final de março, que é de 5,6% para o IPCA deste ano.  (Agência Brasil)

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Ministro admite abusos nos preços dos combustíveis, e diz que Cade já foi acionado

 O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reconheceu hoje (28) que tem havido abuso nos preços dos combustíveis, especialmente do etanol. Segundo ele, os preços são regulados pelo mercado, mas o governo já acionou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar a situação.

“Há nove anos o preço da gasolina não tem aumento nas refinarias. Mas ela passa pelas distribuidoras, pelos postos, e o mercado é livre para estabelecer os preços. Quem pode fiscalizar isso, no que diz respeito aos abusos, é o Cade, ao qual já pedimos que atue”, afirmou.

 Lobão disse também que já pediu à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para intervir no processo.

 Ele espera que, com o aumento da produção de etanol, os preços se regularizem nas próximas semanas, mas ressaltou que o governo ainda não descarta a possibilidade de alterar o percentual de etanol que é misturado à gasolina.  (Agência Brasil)

 

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