Cerca de 100 índios de sete etnias vão acampanhar em frente ao Palácio Rio Branco, na próxima terça-feira (5). “A gente já vai estar com as BR 364 e 317 fechadas”, disse um dos líderes do movimento, Ninawá Huni Kui. No final da tarde de sexta-feira (1º), eles protestaram em frente do Gabinete Civil do Governo do Estado, fizeram 8 reféns no núcleo de saúde indígena de Cruzeiro do Sul e anunciaram o fechamento das BRs 364 e 317.
O movimento, que já se estende por 5 meses, reivindica reformulações na política de saúde indígena e as imediatas exonerações dos coordenadores do Alto Purus e Juruá.
A situação continua tensa em Cruzeiro do Sul. Mais 80 índios Katukinas chegaram ontem à cidade e se juntara a outros 100, que havia invadido o Distrito Sanitário de Saúde Indígena (DSEI) do Alto Juruá. Eles mantêm oito reféns, dentre eles o coordenador, José Francisco Correia. De acordo com últimas informações, índios Araras estão bastante agitados. “Esse povo é de pouco conversa”, disse o índio jaminawá, Santo Raimundo Jaminawá. Policiais federais e um juiz tentam liberar os reféns.